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Capital

Santa Casa ganha tempo para apresentar orçamento de reforma da parte elétrica

Maior hospital de MS funciona sem alvará do Corpo de Bombeiros e enfreta apagões

Por Anahi Zurutuza | 30/01/2024 20:34
Equipe da concessionária de energia trabalhando na rede que abastece o hospital (Foto: Alex Machado/Arquivo)
Equipe da concessionária de energia trabalhando na rede que abastece o hospital (Foto: Alex Machado/Arquivo)

A Santa Casa de Campo Grande terá cinco dias para apresentar nova planilha de cálculos dos gastos que terá com a reforma das instalações elétricas do hospital. O prazo foi dado pelo juiz Marcelo Ivo de Oliveira, que julga ação civil pública instaurada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) há um ano, pedindo que o hospital faça adequações no sistema elétrico e do combate a incêndios.

Em dezembro do ano passado, a Santa Casa de Campo Grande apresentou três planilhas à Justiça apontando valores que somam R$ 7,3 milhões em intervenções necessárias.

Uma das planilhas apresentadas tem o valor de R$ 3,7 milhões em serviços para intervenções para aperfeiçoar as instalações elétricas do hospital, incluindo aquisição de dois gerados, ao valor de R$ 618 mil cada. O trabalho inclui tubulação subterrânea, passagem de cabos e aquisição de material. São sete páginas de especificações. A data do documento é de novembro de 2020.

Um segundo documento trata das ações necessárias para proteção contra descargas atmosféricas, estimadas em R$ 1,3 milhão. O orçamento prevê necessidade de investir R$ 742 mil em materiais e traz a descrição das intervenções necessárias em cada setor, como centro cirúrgico, Prontomed e hemodiálise.

A instituição não apresentou problemas recentes em relação aos incêndios, mas em cerca de 30 dias enfrentou três apagões, situação que só não trouxe problemas maiores porque há geradores para garantir os cuidados de pacientes mais graves.

O hospital atua sem alvará do Corpo de Bombeiros, por isso a promotora Daniela Cristina Guiotti entrou com ação, em fevereiro de 2023, com o pedido de concessão de liminar fixando prazo de 180 dias para a solução do problema e multa de R$ 10 mil por dia de descumprimento. Ela apontou a relevância do hospital em atendimentos a pacientes da saúde pública, mencionando repasses que à época somavam R$ 25,5 milhões em recursos públicos.

Nesta terça-feira (31), o juiz Marcelo Ivo mediou audiência de conciliação entre a Santa Casa e o MP, mas não houve acordo. A promotora reiterou o pedido feito no início do ano passado e o hospital ganhou prazo para apresentação dos novos cálculos. Só então o magistrado tomará uma decisão.

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