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Capital

Santa Casa planeja pagamento parcial e funcionários organizam protesto

Ricardo Campos Jr. | 11/05/2015 15:11
Sindicatos comandam assembleia na Santa Casa nesta segunda (Foto: Fernando Antunes)
Sindicatos comandam assembleia na Santa Casa nesta segunda (Foto: Fernando Antunes)

A Santa Casa pretende usar os R$ 4,3 milhões já depositados pela prefeitura para fazer o pagamento parcial dos salários dos funcionários nesta terça-feira (12). O valor representa metade do que foi acordado com o município na semana passada. Com os vencimentos atrasados desde sexta, os trabalhadores organizam protesto.

Wilson Teslenco, diretor-presidente da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), entidade gestora do maior hospital do estado, precisa dos R$ 8,1 milhões prometidos para fechar a folha de pagamento de abril. Ele espera que o restante seja entregue ainda hoje.

“Quando nós tivemos a confirmação do recurso, a folha tinha sido enviada para ser paga integralmente. Não havia meios de mudar a informação encaminhada ao banco. Ou paga integralmente hoje ou pago parcialmente amanhã”, disse.

No início da tarde, funcionários se reuniram em assembleia para definir a forma de pressionar o poder público. Eles temem cortes caso não haja um contrato sólido, a longo prazo e com cláusulas de reajuste anual entre a unidade e o município.

Eles combinaram uma passeata para esta terça-feira (12), às 8h30, até a prefeitura. Os trabalhadores usarão jalecos, narizes de palhaço e apitos. Apenas 10% do efetivo ficará de plantão atendendo o público. Terminada a manifestação, os funcionários voltam para os postos.

A Prefeitura de Campo Grande informou que fez o repasse do valor que tinha disponível em caixa e está trabalhando para concluir o montante. O órgão afirma que a cidade, assim como o país, passa por uma crise e adotou medidas para reverter o quadro. O pagamento, diante disso, depende da entrada de novos recursos no tesouro municipal.

Risco - Para renovar o contrato, a Santa Casa pedia um repasse de R$ 4 milhões, sendo R$ 3 milhões para os procedimentos de média complexidade e R$ 1 milhão para os de alta complexidade. O município foi taxativo em continuar pagando R$ 3 milhões mensais, destinando R$ 2 milhões para os procedimentos de média complexidade e R$ 1 milhão para os de alta complexidade.

A entidade suspendeu o atendimento de média complexidade desde segunda-feira, dia 5, em razão de um impasse na renovação do contrato com a Prefeitura de Campo Grande, vencido no dia 7 de abril passado, obrigando muitos pacientes que tinham consultas agendadas há pelo menos três meses, a retornarem para casa.

Na reunião de ontem, comandada pelo presidente da Casa Junior Mochi (PMDB) e a deputada Mara Caseiro (PtdoB), presidente da Comissão de Saúde do Legislativo, o impasse estava prevalecendo. Teslenco chegou a declarar que renunciaria ao cargo se não fosse firmado um acordo para o médio prazo.

Ao final, os representantes da Santa Casa aceitaram a proposta do município, considerando o compromisso de o Governo do Estado apresentar, a partir de junho, um incremento ao repasse do município. Conforme o acordo será assinado um aditivo ao contrato vencido e o hospital vai receber R$ 2,5 milhões para o atendimento de média complexidade e mais R$ 500 mil para alta complexidade, retroativo a 7 de abril.

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