ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 25º

Capital

Sem consenso sobre 'natureza' de crime em lava jato, Justiça nega prisões

Juízes tem entendimentos diferentes sobre qual o enquadramento do crime. O impasse será resolvido pelo TJ-MS

Nyelder Rodrigues | 17/02/2017 19:52
Wesner ficou 11 dias internado e morreu após sofrer hemorragia (Foto: Direto das Ruas/Arquivo)
Wesner ficou 11 dias internado e morreu após sofrer hemorragia (Foto: Direto das Ruas/Arquivo)

A falta de consenso sobre a natureza do crime em um lava jato no Jardim Morumbi - região sul de Campo Grande -, que resultou na morte do adolescente Wesner Moreira da Silva, de 17 anos, ao ser agredido com uma mangueira de ar comprimido no ânus, fez com que o Justiça negasse pelo segundo dia seguido a prisão dos autores.

Thiago Giovanni Demarco Sena, de 20 anos e dono do estabelecimento, e Willian Henrique Larrea, 30 anos, tiveram pedidos de prisão encaminhados à Justiça Estadual. Porém, ontem (16), o juiz Marcelo Ivo de Oliveira, da 7ª Vara Criminal de Campo Grande, declinou do caso e o encaminhou para outra vara.

O motivo foi o entendimento dele de que caso se trata de um homicídio doloso, ao invés de uma lesão corporal grave que resultou em morte posterior. Assim, o caso parou nas mãos de Carlos Alberto Garcete, juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri.

Entretanto, hoje o magistrado também negou a prisão e também afirmou entender que o caso deve ser julgado pelo colega que encaminhou o caso à ele. "Haja vista que o Ministério Público entendeu, num primeiro momento, que se trata de crime de lesão corporal seguida de morte, e não de crime doloso contra a vida", justificou o juiz.

Com isso, criou-se um impasse que resultou em um conflito negativo de jurisdição, conforme informou a assessoria de imprensa do TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). Assim, deverá o Tribunal decidir em definitivo sobre quem deverá analisar a situação, conforme a natureza dela.

Prisão negada - Além de apontar que não entende ser a jurisdição competente para o caso, Garcete ainda concluiu que momentaneamente a polícia não trouxe fundamentação concreta para justificar uma prisão preventiva da dupla, e por isso negou o pedido que já passou por duas varas e não recebeu parecer positivo.

Nos siga no Google Notícias