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“Senti falta do ar puro”, diz morador ao voltar a frequentar Parque das Nações

O Parque das Nações Indígenas, cartão-postal de Campo Grande, foi reaberto ao público às 6h desta quinta-feira

Viviane Oliveira e Bruna Marques | 08/10/2020 08:15
"Esse ar puro que tem aqui me faz muito bem. Isso é uma dádiva de Deus", disse Arthur (Foto: Henrique kawaminami)
"Esse ar puro que tem aqui me faz muito bem. Isso é uma dádiva de Deus", disse Arthur (Foto: Henrique kawaminami)

Depois de 7 meses fechado, o Parque das Nações Indígenas de Campo Grande reabriu às 6h desta quinta-feira (8). O espaço foi fechado em março em razão da pandemia da covid-19. Nesta manhã, aos poucos os frequentadores chegavam para fazer atividades físicas. “Senti muita falta de caminhar aqui e do ar puro”, disse o aposentado João Bosco Peres, 59 anos, ao voltar a frequentar o parque com a esposa, Adriana Acosta, 46 anos.

Segundo o casal, antes da pandemia tinha o hábito de ir todos os dias pela manhã ao local. "Entendemos que era por causa da pandemia, mas é só cada um fazer a sua parte que dá pra continuar usando o parque para fazer caminhadas. Estou muito contente. Estava com saudades daqui. Ao chegar, abri até os braços para abraçá-lo. Aqui o ar é diferente”, comemorou Adriana.

Durante a quarentena, os dois faziam exercícios físicos dentro do apartamento. “Não é a mesma coisa. Senti muita falta do ar livre, dos bichos. Até agora só avistei um capivara. Estou sentindo a falta dos animais”, ressaltou Adriana. O parque funcionará até as 21h.

Para João Bosco, o parque é a praia de Campo Grande e a pandemia veio para trazer uma lição a todos. “Temos que estar juntos. O ser humano é um animal gregário”. Quanto ao parque, João se emociona ao descrever o espaço. “Aqui é o único lugar de lazer saudável da cidade. Isso aqui é tudo para mim. Eu cuidava até dos bichos. Chamava atenção quando via alguém dando comida para eles. Começar a manhã aqui é a promessa de um dia feliz. Saímos daqui com a alegria injetada”, contou.

Casal Adriana e João Bosco matando a saudade de caminhar no espaço (Foto: Henrique kawaminami)
Casal Adriana e João Bosco matando a saudade de caminhar no espaço (Foto: Henrique kawaminami)

Enquanto esteve fechado para o público, o Parque das Nações Indígenas passou por obras de recuperação do gabião, estrutura de pedras e telas para sustentar parte da barragem do lago principal que está praticamente vazio. Segundo nota divulgada pelo governo do Estado, o processo de enchimento da lagoa principal é lento, por causa dos efeitos da prolongada estiagem.

O aposentado Arthur Jorge, 73 anos, sentiu falta de encontrar o lago cheio.  “Há mais de 15 anos tenho o hábito de caminhar aqui, no nosso cartão postal. Só lamento ter encontrado o lago vazio, mas por outro lado fico contente em saber que estão cuidando, reformando. Esse espelho d’água é tudo para a natureza e merece cuidado. Esse ar puro que tem aqui me faz muito bem. Isso é uma dádiva de Deus”.

Segundo o governo, o processo de enchimento da lagoa principal é lento, por causa dos efeitos da prolongada estiagem (Foto: Henrique Kawaminami)
Segundo o governo, o processo de enchimento da lagoa principal é lento, por causa dos efeitos da prolongada estiagem (Foto: Henrique Kawaminami)

Regras - A reabertura do parque obedece aos protocolos de segurança, elaborados em parceria entre o Estado e o Sesi (Serviço Social da Indústria). A portaria proíbe, por 30 dias, o uso de espaços coletivos, como banheiros, quadras de esporte, pista de skate, parques infantis, bebedouros e decks.

Estão liberadas as atividades físicas, na modalidade de caminhada, corrida e bicicleta, e passeios para observação de pássaros e animais, obedecendo o distanciamento de 1,5 metro entre as pessoas, além do uso obrigatório de máscaras. Não serão permitidos, ainda, lanches coletivos ou outra atividade em grupo, bem como eventos, como celebração de aniversário e outros, e montagens de tendas.

Movimentação de frequentadores em frente ao Parque das Nações (Foto: Henrique kawaminami)
Movimentação de frequentadores em frente ao Parque das Nações (Foto: Henrique kawaminami)

Em setembro, a Prefeitura de Campo Grande autorizou a abertura dos parques administrados pela Funesp (Fundação Municipal de Esportes) para atividades físicas e com série de restrições, como 50% da capacidade, sem aglomeração, sem rodas de tereré, aferição de temperatura corporal e disponibilização de álcool gel.

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