Suspeitos de ferir garoto em lava jato sumiram e ainda não foram ouvidos
Familiares da vítima estão na DPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), prestando depoimento
A Polícia Civil ainda não ouviu oficialmente os dois rapazes suspeitos de torturarem um garoto de 17 anos, com um compressor de ar, durante uma ‘brincadeira’, na sexta-feira (3). O caso foi teria ocorrido na Avenida Interlagos, na Vila Morumbi, em Campo Grande.
De acordo com informações apuradas pelo Campo Grande News, Thiago Giovanni Demarco Sena, 20 anos, e Willian Henrique Larrea, 30 anos, ainda não são considerados foragidos, pois não há mandado de prisão expedido contra os dois. No entanto, devem se apresentar para prestar esclarecimentos.
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Na tarde desta segunda-feira (6), a família da vítima está na DPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) para prestar esclarecimentos sobre o caso. A mãe, um tio e o irmão da vítima serão ouvidos oficialmente pela polícia hoje.
Outros familiares acompanham os depoimentos na delegacia e afirmam que a dupla de suspeitos está “sumida”. O delegado responsável pelo caso, Paulo Sérgio Lauretto, ainda não falou com a imprensa a respeito das investigações.
Ameaça - Na sexta-feira (3), Thiago registrou um boletim de ocorrência por ameaça contra o irmão do adolescente abusado, um rapaz de 20 anos. Segundo a Polícia, no registro, o suspeito diz que foi ameaçado pelo irmão da vítima, que disse a um funcionário dele que “não adianta fugir, vou atrás de você”. A denúncia também será investigada pela polícia.
Histórico - O caso, registrado como lesão corporal, foi denunciado pelo primo da vítima, de 28 anos. No relato, ele disse que o adolescente “brincava com os colegas de trabalho”, quando um dos homens o agarrou pelo lombo e o dono do local inseriu uma mangueira no ânus do garoto.
A vitima foi levada por um dos próprios agressores à Unidade de Pronto Atendimento do Bairro Tiradentes, enquanto o outro acusado avisou a família.
Mesmo com o relato, há poucas informações do caso. Ouvida pelo Campo Grande News, a mãe do adolescente confirmou a história de que ele foi recomendado ao trabalho por vizinho, amigo da família.
Gravidade - Segundo a assessoria de imprensa da Santa Casa, por volta das 22h o garoto teve uma piora no quadro e foi transferido para a área vermelha da unidade. Hoje de manhã, ele melhorou, mas continua no setor em observação. O estado de saúde dele é considerado grave, porém estável.