ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUARTA  24    CAMPO GRANDE 23º

Capital

Taxa de comercialização elevou valor de shopping em 30%, diz TJMS

Edivaldo Bitencourt | 01/02/2014 09:21
Justiça adquiriu Shopping 26 de Agosto, que não deu certo e causou prejuízo a dezenas de investidores (Foto: Cleber Gellio/Arquivo)
Justiça adquiriu Shopping 26 de Agosto, que não deu certo e causou prejuízo a dezenas de investidores (Foto: Cleber Gellio/Arquivo)

O TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) divulgou, ontem, nova nota para explicar o valor pago pela aquisição do prédio do Shopping 26 de Agosto. O órgão cita quatro avaliações feitas para definir a indenização pelo centro comercial, que fracassou e frustrou o investimento de dezenas de lojistas. Também destaca que o valor teve acréscimo de 30% como “fator de comercialização”, o que elevou o custo final de R$ 29,9 milhões para R$ 38,870 milhões.

Conforme o tribunal, as avaliações definiram quatro valores: R$ 38,870 milhões, R$ 39,101 milhões, R$ 41,684 milhões e R$ 51,199 milhões. Os laudos foram fornecidos pelo ex-proprietário do imóvel, Rubens Salim Saad, pelo equipe do Governo estadual e por dois profissionais indicados pelo Crea/MS (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia).

Ontem, o Campo Grande News publicou matéria em que consta que o decreto cita uma área de 4.465 metros quadrados para a desapropriação. No entanto, Saad argumenta que o shopping tem 13,3 mil metros quadrados de área construída.

O engenheiro civil e perito Vinícius Coutinho explica que a diferença pequena nos arbitramentos é normal e se deve à inexistência de outros prédios de mesmo porte para fazer a devida comparação de mercado. “Para ser coerente, a variação normal seria algo em torno de 5 a 10%. Se for avaliado por diversos engenheiros, cada um chegará a um valor diferente, mas semelhante”.

Na nota, o Tribunal de Justiça tenta desqualificar a avaliação de que o metro quadrado na região é de R$ 3.836,00. Sem citar os dados, o órgão, por meio da assessoria de imprensa, menciona fala de Vinicius Coutinho, na qual ele destaca que somente engenheiro ou arquiteto poderiam fazer a avaliação do valor do Shopping 26 de Agosto.

O TJMS ainda descrimina os valores pagos pelo empreendimento. Foram R$ 6,460 milhões pelo terreno de 4.465 metros quadrados, o que equivale a R$ 1.446,00 pelo metro quadrado do lote. Mais R$ 23,4 milhões pelas benfeitorias.

Apesar do shopping ter fracasso, o Tribunal de Justiça destaca que foi acrescida uma taxa de 30% sobre o “fator de comercialização”. Este fator representa acréscimo de R$ 8,970 milhões, elevando o custo final de R$ 29,9 milhões.
“Fizemos uma ampla análise e houve bastante discussão para chegarmos a esse número, que consideramos o mais justo”, considera o engenheiro Eduardo Aleixo.

O Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul contará com a estrutura para viabilizar as instalações de órgãos que compõem o Poder Judiciário, tais como Juizados Especiais, Núcleo de Solução de Conflitos e Escola Judicial do Estado de Mato Grosso do Sul.

Nos siga no Google Notícias