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Capital

Taxista atingido por camionete pode ficar com sequelas e quer lagar o táxi

Mariana Lopes | 04/04/2013 12:45
Sebastião, acompanhado da esposa, recebe alta entre hoje e amanhã (Foto: Marcos Ermínio)
Sebastião, acompanhado da esposa, recebe alta entre hoje e amanhã (Foto: Marcos Ermínio)

Com a voz fraca, mas um sorriso no rosto, o taxista, que foi atingido por uma camionete no dia 11 de fevereiro, no cruzamento da avenida Afonso Pena com a rua Bahia, recebe alta entre hoje e amanhã. Ele está internado na Santa Casa, em Campo Grande, desde o dia do acidente. O taxista conhecido como Tião Palmeirense deve ficar com sequelas e não quer mais voltar a dirigir o táxi, profissão que exerceu por 25 anos.

Ele sobreviveu à colisão causada pela caminhonete conduzida pelo Diogo Machado Teixeira, 36 anos, no dia 11 de fevereiro deste ano. Um dos passageiros do táxi, de 22 anos, morreu, e o outro ficou ferido. O responsável pelo acidente foi liberado pela Justiça na terça-feira após pagar fiança de R$ 101,7 mil.

A memória do motorista internado é boa, recorda-se dos familiares, de histórias, mas do acidente mesmo, ele não se lembra de nada. “Só sei que me amarraram aqui no hospital, quando cheguei”, conta o taxista, Sebastião Mendes da Rocha, 52 anos.

A esposa dele, Dorvalina Ricardo Luz, 63 anos, explica que este lapso de memória dele é de quando ele chegou à Santa Casa e os médicos o seguraram porque ele estava muito agitado.

Dorvalina acompanha o marido no hospital desde o dia do acidente. Ela conta que ele teve um os pulmões bastante machucados, além de uma hemorragia interna, que causou paralisação nos rins, o que o obrigou a fazer sessões de hemodiálise durante mais ou menos um mês.

O taxista ficou internado no CTI (Centro de Tratamento Intensivo) por aproximadamente dois meses. Ele foi transferido para a enfermaria há cinco dias. Segundo Dorvalina, os médicos disseram que ele poderá ficar com sequelas, mas não especificaram o tipo.

Assim que receber alta, Sebastião começará a fazer fisioterapia. “Ele ficou com as pernas muito fracas, daí o médico recomendou fazer algumas sessões para recuperar os movimentos”, afirma Dorvalina.

O taxista também não se lembra do passageiro, muito menos sabe que um deles morreu no acidente. Mesmo assim, depois de 25 anos de “corridas”, ele afirma que não quer voltar a dirigir. “Fiquei assustado com o que aconteceu, dá medo”, comenta Sebastião.

Dorvalina conta também que recebe ajuda financeira da família do administrador de fazenda Diogo Machado Teixeira, 36 anos, acusado de provocar o acidente. Segundo ela, a ajuda é de R$ 2 mil por mês. “A mãe e a irmã dele (Diogo) me ligam todo dia”, conta.

Acidente – Diogo estava em uma camionete L200 quando bateu no táxi, no cruzamento da avenida Afonso Pena com a rua Bahia. Com o impacto da batida, o táxi foi arremessado contra o muro da Secretaria Municipal de Saúde.

Um dos passageiros, Ramon Rudney Tenório Souza e Silva, 21 anos, ficou gravemente ferido, ele passou por uma cirurgia, na Santa Casa e voltou para a cidade dele. O outro passageiro, José Pedro Alves da Silva Júnior, 22 anos, morreu ainda no local. Os dois vinham do estado de Pernambuco.

Conforme testemunhas, o motorista da camionete estava ultrapassando os semáforos vermelhos pela Afonso Pena.

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