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Capital

Tempo seco e irresponsabilidade causam onda de queimadas na Capital

Em menos de dez horas, pelo menos seis terrenos baldios pegaram fogo

Osvaldo Júnior e Guilherme Henri | 25/06/2017 16:23
Terreno baldio, na Vila Olinda, atingido pela queimada (Foto: André Bittar)
Terreno baldio, na Vila Olinda, atingido pela queimada (Foto: André Bittar)

A placa adverte: “Proibido jogar lixo”. No entanto, moradores não só ignoraram a proibição, como também atearam fogo em resíduos descartados indevidamente em terreno baldio na Rua Joaquim Manoel de Souza Olinda, na Vila Olinda, próximo da UFMS, em Campo Grande.

Não muito distante desse local, chamas destruíram grande parte da vegetação de outro terreno baldio. A área, neste caso, fica na Avenida Guaicurus. Nas duas situações, o fogo foi controlado ainda durante a manhã deste domingo (25).

No período da tarde, pelo menos outros quatro terrenos baldios tiveram a vegetação destruída pelo fogo. De acordo com os bombeiros, as chamas atingiram uma área na Rua 12 de Outubro, no Bairro Aero Rancho.

Os outros terrenos ficam na Rua da Divisão, no Bairro Parati, na Rua Serra dos Passos, no Jardim Aeroporto e na esquina das ruas Antônio Meirelles Assunção e Clóvis Teodoro Assunção, no Bairro Tijuca.

No total, foram ao menos seis queimadas em terrenos baldios na Capital em menos de dez horas.

Placa adverte, mas moradores ignoram aviso, jogam lixo e ateiam fogo (Foto: André Bittar)
Placa adverte, mas moradores ignoram aviso, jogam lixo e ateiam fogo (Foto: André Bittar)
Fumaça agrava problemas pulmonares em crianças e adultos (Foto: André Bittar)
Fumaça agrava problemas pulmonares em crianças e adultos (Foto: André Bittar)

Ação humana – A onda de queimadas em terrenos baldios da Capital é, em pequena parte, provocada pela natureza e, em maior parcela, causada pela ação humana. “O tempo está mais seco. Além disso, nessa época do ano, folhas secas de muitos tipos de árvores caem e as pessoas ainda têm o costume de juntar esses resíduos e queimar”, nota o tenente-coronel Waldemir Moreira Júnior, chefe do CPA (Centro de Proteção Ambiental) do Corpo de Bombeiros.

Ele lembra que a prática configura crime ambiental. O tenente acrescenta que, devido ao período de chuvas de semanas atrás, a vegetação cresceu consideravelmente. O mato alto contribui para a ocorrência das queimadas.

“Além dos riscos para a segurança, a queimada também agrava problemas de saúde. Durante o inverno, o ar já é muito seco. A fumaça piora essa situação, causando problemas respiratórios nas pessoas”, comentou o Moreira Júnior.

Moradores – As observações do tenente-coronel fazem jus às observações dos moradores. Eles notam que os próprios populares são os responsáveis pela intensificação do problema. “As pessoas jogam muito lixo, Depois, colocam fogo”, afirmou o técnico agrícola Cleiton Baltazar, 26, que mora perto da terreno baldio, na Vila Olinda.

Um jardineiro, de 38, que também mora na região e pediu para não ser identificado, reforça os comentários do técnico agrícola. “Aqui muitos jogam lixo. Quando vejo, chamo a atenção. Mas têm alguns que chegam aqui na calada da noite e jogam folhas secas, poda de árvore. Acumulam durante a semana e no sábado e domingo queimam tudo”, detalhou.

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