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Capital

Testemunha de 7 anos será ouvida para desvendar morte de menino em clube

Polícia também vai analisar imagens do circuito interno de segurança do parque aquático

Anahi Zurutuza e Bruna Marques | 29/10/2020 12:08
Criança deixou o Eco Park, clube que fica na saída para Três Lagoas, em ambulância do Samu (Foto: Paulo Francis/Arquivo)
Criança deixou o Eco Park, clube que fica na saída para Três Lagoas, em ambulância do Samu (Foto: Paulo Francis/Arquivo)

O depoimento de um criança de 7 anos, que estava com o garotinho de 3 anos que morreu uma semana depois de se afogar em piscina do Eco Park, em Campo Grande, pode ser a chave para desvendar o ocorrido na tarde daquele domingo, 18 de outubro. A Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) também pediu que o clube entregue as imagens das câmeras de segurança.

Os pais da criança e uma amiga, que estava no parque aquático com o casal, já foram ouvidos. Segundo a delegada Franciele Candotti, a mãe disse que no momento que o filho caiu em uma das piscinas, os salva-vidas estavam concentrados em um só ponto e não espalhados pelo parque aquático, o que pode ter dificultado o socorro.

A responsável pela investigação não deu muitos detalhes, mas disse que foi “uma oitiva muito difícil”.

Delegada Franciele Candotti, responsável pela investigação, durante entrevista (Foto: Henrique Kawaminami)
Delegada Franciele Candotti, responsável pela investigação, durante entrevista (Foto: Henrique Kawaminami)

Da parte do estabelecimento, além de pedir as gravações do circuito interno de segurança, a delegada também pediu a apresentação de documentos que comprovem a qualificação a equipe de guarda-vidas e ouvirá os responsáveis e funcionários que estavam no local.

Ainda de acordo com a responsável pela investigação, a criança que será ouvida é filha da babá do menino de 3 anos, tinha convivência com ele e estava com o garotinho no momento do ocorrido. “Vamos ver se ele tem alguma lembrança, alguma memória”.

No mais, os resultados dos laudos necroscópicos fecharão a investigação.

A delegada afirma que os pais podem ser indiciados por homicídio culposo (sem a intenção de matar), caso fique comprovado que houve negligência da parte deles, mas a polícia apura a coparticipação do clube.

O ocorrido - O menino se afogou em piscina de aproximadamente 1,40 metro de profundidade e, segundo informações do dia do acidente, pessoas que viram a situação resgataram a criança e acionaram o salva-vidas. Ele morreu sete dias após o acidente.

Equipes do Corpo de Bombeiros e do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foram acionadas para concluir o resgate, sendo necessário realizar manobra de reanimação. Ele foi encaminhado para a Santa Casa em coma induzido e depois foi transferido para o Hospital da Cassems, onde ficou internado até a morte.

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