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Capital

Testemunhas de defesa relatam “tormento” de mãe acusada de matar Rafaela

Angela Kempfer e Paula Vitorino | 21/02/2011 15:46
Audiência no Fórum de Campo Grande ocorreu na tarde de hoje.
Audiência no Fórum de Campo Grande ocorreu na tarde de hoje.

Desde às 14h30 desta segunda-feira, testemunhas de defesa da mãe e do padrasto da menina Rafaela são ouvidas sobre a morte da menina, que há um ano chocou Campo Grande.

O juiz Carlos Alberto Garcete já ouviu 3 pessoas. A primeira foi a advogada Girlene dos Santos Barbosa, que já prestou serviços a Renata Dutra de Oliveira, de 24 anos, mãe da criança e acusada de envolvimento na morte da filha.

Nem ela, nem o padrasto da menina, ambos apontados como responsáveis pelo crime, acompanham a audiência.

A advogada falou do carinho que percebeu existir entre mãe e filha em um breve contato com as duas, em 2008.

Na época, Renata movia processo trabalhista contra o ex-patrão e por isso procurou Girlene. “Vi a Rafaela apenas uma vez, mas a relação das duas parecia ser de carinho. A Renata chegou a dizer que morava na mesma casa com o pai da menina, se sacrificando por causa da filha”, contou.

A segunda testemunha do dia foi Rosana Aparecida da Costa, psicóloga que atende no presídio feminino de Campo Grande, onde está a mãe ficou presa depois do crime, antes de conseguir habeas corpus.

Ela conta que a jovem tentou o suicídio “várias vezes” desde que foi presa, “batendo com a cabeça na cela. Também chorou muito já”. Na penitenciária, Renata foi colocada em cela separada, porque as presas não toleram crimes como o assassinato de crianças.

Um amigo da mãe da menina também esteve na audiência nesta tarde. Antônio Rodrigues dos Santos disse que já teve um relacionamento amoroso “rápido” com Renata, e que ela parecia “atormentada” antes do crime.

Ele a conheceu há 3 anos, na lanchonete onde os dois trabalhavam. Depois, segundo Antônio, as conversas passaram a ser pelo telefone, na maior parte das vezes com ligações de Renata e pedidos de conselhos.

“Mas ela nunca seguia os conselhos, sobre tudo, inclusive Rafaela. Então cansei”,

Questionado se a jovem usava drogas, o amigo contou que no passado sim, mas que nos últimos anos Renata garantia que havia ”largado”.

Sobre o padrasto da menina, Handerson Cândido Ferreira, de 26 anos, também preso pela morte da criança, Antônio disse que Renata reclamava nos últimos tempos que o companheiro estava aparecendo “com coisas estranhas em casa” e suspeita de furtos.

Ele garante que a amiga dava sinais de depressão e a recomendação era sempre para “ter força”.

O Ministério Público apresentou fotos da residência do casal, no dia seguinte a morte, com cômodos muito sujos e bagunçados.

Ao ver as imagens, Antônio disse que quando freqüentou a casa, observou bagunça sim, “mas não tão desorganizada”

A audiência segue no Fórum de Campo Grande.

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