Trabalhadores de serviços essenciais são campeões em dúvidas sobre horas extras
Funcionários dizem que patrões se negam a pagar pelos feriados antecipados
A maior parte da ligações nesta segunda-feira (22) ao 153, telefone para denúncias e tira dúvidas da prefeitura de Campo Grande, é sobre pagamento de horas extras. Muitos patrões têm alegado aos funcionários que trabalhadores de serviços essenciais não têm direito a hora extra, o que é falso.
Segundo a Coordenadoria Geral de Atendimento ao Cidadão, em caso de trabalho nesta segunda, terça, quarta e na quinta-feira, é necessário que o empregador pague pelas horas extras ou crie banco de horas para futura compensação por conta da antecipação dos feriados municipais. O não pagamento pode ser denunciado ao Ministério Público do Trabalho.
Ao longo da tarde, o Campo Grande News também têm recebido questionamentos de leitores. Funcionária do Call Center da OI, mulher que cumpre 6 horas diárias de serviço conta que a empresa enviou pelo Whatsapp mensagem negando o pagamento de horas extras.
"Tá todo mundo revoltado aqui. Dizem que só vão pagar hora extra quando for o feriado mesmo. Mas aqui a rotatividade é grande. Tem gente que nem vai estar aqui no dia 26 de agosto", reclama.
Promotor de vendas em um supermercado de Campo Grande, jovem também recebeu a mesma informação do patrão. "Trabalho 8 horas por dia e já falaram que vão mandar um documento para a gente assinar e se faltar vai ser punido".
O MPT-MS recebe denúncias de trabalhadores somente por meio do link www.prt24.mpt.mp.br/servicos/denuncias. Não há número de celular disponível para este tipo de atendimento ao cidadão.