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Capital

Trabalhadores e empresários da construção civil se reúnem na próxima semana

Ana Paula Carvalho | 14/07/2011 17:20

Eles vão discutir o aumento do número de acidentes de trabalho no setor. Em uma semana dois trabalhadores morreram.

Prédio em construção onde um servente de pedreiro morreu após ser atingido por uma barra de ferro.
Prédio em construção onde um servente de pedreiro morreu após ser atingido por uma barra de ferro.

Nesta quinta-feira (14), o presidente da CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil em Construção Civil), Samuel da Silva Freitas, solicitou uma reunião “urgente” com o Sinduscon-MS (Sindicato da Indústria de Mato Grosso do Sul) e empresários do setor para discutir o aumento no número de acidentes com trabalhadores do setor.

De acordo com Samuel, a reunião deve acontecer no começo da próxima semana, mas a data e o horário ainda não foram definidos pelo Sinduscon.

Ainda de acordo com ele, dois assuntos serão discutidos. O primeiro será o aumento na quantidade de acidentes de trabalho, já que só na última semana, dois trabalhadores da construção morreram após acidentes em canteiros de obras. O outro ponto é a informalidade dos trabalhadores do setor.

Na semana que vem, diretores da CGTB visitarão a obra do empreendimento Vitalitá, onde o servente de pedreiro Ronaldo de Azevedo morreu, na manhã da última quarta-feira (13), após ser atingido por uma barra de ferro. Eles pretendem saber o que realmente aconteceu para que a barra caísse. “Eles vão questionar com os trabalhadores se foi um vento forte que derrubou o ferro ou se tinha algum trabalhador manuseando”, afirmou Samuel.

Acidentes- Na última segunda-feira (11), Francisco Venâncio de Lima, 54 anos, morreu ao cair de uma altura de 11 metros em um prédio em construção, no bairro Santa Fé, em Campo Grande.

Colegas do trabalhador relataram a polícia que ele não usava colete nem cinto de segurança, apenas capacete. Ele trabalhava no térreo e no subsolo do prédio.

Na mesma obra que, em maio, o operário Carmo Luis Raimundo, de 30 anos, ficou soterrado por vinte minutos.

Dois dias depois, na quarta-feira (13), o servente de pedreiro Ronaldo de Azevedo Calderoni, 32 anos, morreu após uma barra de ferro de 3 metros e aproximadamente 20 quilos cair do 18º andar do prédio onde ele trabalhava e atingi-lo. Ele morreu na hora.

A peça estava sendo utilizada para a confecção de uma laje do empreendimento Vitalitá, da Brookfield Incorporações. De acordo com a construtora, Ronaldo estava utilizando todos os equipamentos necessários.

Segundo o Sinduscon-MS, as duas empresas responsáveis pelas obras onde aconteceram os acidentes não são associadas ao sindicato. Quanto à reunião, a data só será definida na segunda-feira, quando o presidente Amarildo Miranda Melo voltar de uma viagem.

Fiscais- Samuel questiona a quantidade de auditores fiscais no Estado. Segundo ele, são 16 para atender todos os segmentos da indústria. Para a construção são apenas 4 fiscais para fiscalizar todos os canteiros de obras do estado. Só em Campo Grande, hoje, são aproximadamente 800 obras.

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