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Capital

Travesti e mais três homens vão a júri popular pela morte de policial civil

Michel Faustino | 10/03/2015 18:26
Alexia será julgada pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
Alexia será julgada pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)

Alexsandro Gonçalves da Rocha, a Alexia, 22 anos, seu irmão, Alexandre Gonçalves da Rocha e os irmãos Cléber Ferreira Alves, 21, e Renato Ferreira Alves, 36, serão julgados por envolvimento na morte do investigador Dirceu Rodrigues dos Santos ocorrida no dia 28 de janeiro de 2014, em Campo Grande. Na ocasião, o policial e um colega investigavam o roubo de uma joia avaliada em R$ 80 mil.

Conforme decisão do juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, Carlos Alberto Garcete, Alexia será julgada por homicídio qualificado por motivo torpe. Os irmãos Cléber e Renato Alves respondem por posse ilegal de arma de fogo.

Em sua decisão, o juiz reconheceu a prova da materialidade e indícios suficientes da autoria do crime. “Como se denota, o dispositivo em epígrafe determina a pronúncia do acusado se (1) houver prova da materialidade e (2) indícios suficientes de autoria. Quanto ao segundo requisito, importa consignar que os indícios devem ter a potencialidade de permitir a sustentação da acusação em plenário do Júri. Neste sentido, o juiz togado deve exercer o primeiro filtro acerca da imputação atribuída ao acusado, sendo que esse raciocínio em nada usurpa a competência constitucional do Tribunal do Júri para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida”.

O juiz manteve ainda a prisão preventiva de Alexandre e decretou a prisão preventiva de Alexia. “porque, diante da imputação de prática de crime de homicídio qualificado, o recolhimento cautelar se faz necessário para assegurar a aplicação da lei penal”, justificou.

Crime - Dirceu foi baleado com dois tiros na testa e na nuca,no bairro Campo Nobre, em Campo Grande. O bando ainda levou o carro onde ele estava, segundo informações preliminares. Ele investigava com Osmar o roubo de jóias e armou um "falso programa" com o travesti para recuperar o bem. Sete pessoas foram indiciadas pelo crime.

O inquérito policial apontou que o crime foi cometido para assegurar a impunidade de um anterior, que foi o roubo da jóia avaliada em R$ 80 mil. A travesti Alexia, no último momento, não quis entregar a corrente e então contou com a ajuda do irmão, Alexandre para imobilizar o também policial, Osmar Ferreira, 39 anos.

Neste momento, ambos ainda contaram com a ajuda de outros comparsas, incluindo um adolescente de 15 anos.
Caído no solo, Alexandre friamente entrou no veículo do policial e pediu para um adolescente de 15 anos assumir a direção. Ambos pararam bem próximo a vítima e, com o revólver cautelado de Dirceu, o executaram com mais dois tiros.

Na ocasião, eles ainda contaram com a ajuda de Giovani de Oliveira Andrade, 18 anos, os irmãos Cleber e Renato Ferreira Alves. Na época, outra pessoa indiciada foi Lúcia Helena Barbosa, 50 anos, mãe da travesti Alexia e de Alexandre e que escondeu a corrente no seu guarda-roupa.

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