Travesti presa por matar vendedor a facadas nega crime em depoimento

Em depoimento a travesti apontada pela polícia como principal suspeita do assassinato do vendedor Valério Encina, de 47 anos, negou participação do crime. Mesmo presa, ela continuou afirmando que não estava na região em que a vítima foi encontrada no dia do assassinato.

Ao Campo Grande News, o delegado Edemilson Jose Holler afirmou que a travesti, conhecida como Dandara, ou Corumbaense, negou o crime e assim como no primeiro depoimento alegou que não estava na região do Jardim Leblon em que o vendedor foi morto com 14 facadas.

Dandara se tornou alvo das investigações após um travesti desmentir essa versão e afirmar a polícia que viu a colega no local na noite do crime. “As investigações continuam”, afirmou o delegado. A suspeita teve a prisão preventiva decretada e acabou presa no dia 24, na sexta-feira, pela Polícia Militar.

Conforme a polícia, a travesti possui passagens por tentativa de homicídio, em 2012, e tráfico de drogas. Ela também é investigada por vender entorpecentes na região do crime.

Caso - O corpo de Valério Encina foi encontrado morto dentro do próprio carro, na manhã do dia 18 de abril, na Rua Clineu da Costa Moraes, que funciona como ponto de prostituição, no Jardim Leblon. De acordo com boletim de ocorrência, o companheiro dele relatou que o vendedor saiu de casa por volta das 4h para passar em uma conveniência e comprar bebidas.

Imagens de circuito de segurança mostram o carro conduzido por Valério passando em velocidade reduzida na rua, parando depois de subir na calçada e bater em um muro às 4h08. Tudo indica que a vítima tentou, portanto, dirigir depois de levar as facadas.