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Capital

Três grupos de pichadores disputam para ver quem mais suja o Centro

Mariana Lopes e Filipe Prado | 30/01/2014 16:58
Morada dos Baís (Foto: Marcos Ermínio)
Morada dos Baís (Foto: Marcos Ermínio)

Há pouco mais de 15 dias, Campo Grande foi tomada por uma infestação de pontos de interrogação, que foram pichados em prédios públicos e lojas da cidade. Na região central, onde está concentrado o maior número de sinais, é impossível não perceber a poluição visual. Mas a pergunta que não quer calar é: “O que significam essas interrogações?”.

Na opinião popular, a imaginação rola solta. E a curiosidade também. Seria alguma forma protesto? A marca registrada de algum grupo de pichadores? Uma mensagem subliminar através de símbolo? Ou apenas pichações aleatórias de vândalos que não tem mais o que fazer?

Como há muitos pontos de interrogação pichados nas paredes das lojas do comércio da Capital, para o gerente Vicente Mota, 47 anos, a única explicação plausível para o ato é que as pessoas estão duvidando das promoções estampadas nas vitrines e querem saber se elas são reais.

Os sinais espalhados pela cidade também assustam, como no caso da serviços gerais Marilsa Campos da Silva, 48 anos. “Não sabe o que significam e fico muito curiosa, mas não consigo nem imaginar o que representa, pode ser tanta coisa que até tenho medo de pensar”, confessa a mulher.

Mas para outros, as marcas espalhadas em prédios, monumentos e lojas não passam de vandalismo. “Isso é falta de vergonha das pessoas”, enfatiza o promotor de eventos Sandro Pires, 19 anos.

Loja no Centro de Campo Grande (Foto: Marcos Ermínio)
Loja no Centro de Campo Grande (Foto: Marcos Ermínio)

De prédios e monumentos públicos, foram pichados o Teatro do Paço Municipal, que fica junto ao prédio da Prefeitura de Campo Grande, o Obelisco e a Morada dos Baís, todos localizados na avenida Afonso Pena. A maioria das lojas pichadas também fica na mesma avenida.

Investigação - A princípio, as pichações que apareceram recentemente na região central de Campo Grande foram feitas por três grupos distintos que disputam entre eles quem deixa a marca registrada em um local mais difícil. Portanto, esses pontos de interrogação provavelmente é o símbolo utilizado para identificar um deles.

Segundo o delegado titular da Depac (Delegacia Especializada ), do Centro, Fernando Nogueira, os grupos agem durante as noites e, principalmente, nas madrugadas, horários quando o movimento nas ruas é menor. 

A Polícia Civil apura as informações cedidas por comerciantes e testemunhas que presenciaram as ações dos pichadores. O delegado conta que recebeu a denúncia de uma pessoa que passava de carro pela avenida Afonso Pena, viu dois rapazes pichando uma loja e anotou a placa da moto na qual eles estavam.

De acordo com Fernando Nogueira, todas as informações recebidas pela Polícia estão sendo analisadas para identificar os autores do crime. Uma equipe de investigadores está empenhada para solucionar o caso.

O delegado solicita que se alguém tiver informações que possam contribuir com a investigação que denuncie na Depac, pelo telefone 3312-5700.

Teatro Paço Municipal (Foto: Mariana Lopes)
Teatro Paço Municipal (Foto: Mariana Lopes)
Obelisco (Foto: Simão Nogueira)
Obelisco (Foto: Simão Nogueira)
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