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Capital

Três pacientes são beneficiados com órgãos transplantados na Capital

Fígado coletada foi destinado para paciente de São Paulo

Adriano Fernandes | 21/09/2019 18:55
Médicos durante a cirurgia de retirada dos órgãos. (Foto: Divulgação)
Médicos durante a cirurgia de retirada dos órgãos. (Foto: Divulgação)

A doação dos órgãos de uma paciente, de 53 anos, que morreu no Hospital Cassems de Campo Grande vai mudar a rotina de vida de três pacientes, um deles que vive no Estado de São Paulo. Na tarde deste sábado (21), a família concordou em aceitar a doação das córneas, fígado e rins da vítima.

A unidade hospitalar recebeu uma equipe de médicos do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, que foi responsável pela retirada do fígado. Os outros dois órgãos foram retirados pela equipe de médicos do hospital e serão transplantados no próprio Estado.

De acordo com o médico cirurgião do aparelho digestivo, Guilherme Viana Rosa, de Ribeirão Preto, falar de transplantes é sempre um assunto delicado, pois mexe com questões de ordem religiosa, ética, morte entre tantas outras, por isso o mais importante é a conscientização.

“O diálogo aberto e franco com a família, a ênfase de que essa ação vai salvar vidas, é extremamente importante para o conscientização dos familiares no momento da decisão da doação”, comentou.

Equipe responsável pelo transporte de um dos órgão para São Paulo.
Equipe responsável pelo transporte de um dos órgão para São Paulo.

Neste quesito o Hospital Cassems tem se tornado referência no debate, devido ao preparo que oferece as equipes de assistência para serem incentivadores do processo de doação. “É muito bom ver que um hospital deste porte está investindo nesta questão e está conseguindo com êxito, não só doadores como também está se preparando para se tornar uma referência em transplantes”, ressalta.

O hospital também foi habilitado pelo Ministério da Saúde para realização do transplante cardíaco e também está em processo de habilitação para transplante renal. “Portanto a captação e o incentivo a doação se tornam cada vez mais importantes, pois essa terá que ser uma cultura em nossa instituição, aumentando a complexidade dos procedimentos aqui realizados e melhorando cada vez mais a qualidade dos serviços prestados”, conclui a diretora técnica do Hospital Cassems, Priscilla Alexandrino.

No próximo dia 27 de setembro é celebrado o Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos. Para ser um doador, não é necessário fazer nenhum documento por escrito. Basta que a família esteja ciente da vontade. Assim, quando for constatada a morte encefálica do paciente, uma ou mais partes do corpo que estiverem em condições de serem aproveitadas poderão ajudar a salvar as vidas de outras pessoas.

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