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Capital

'Vamos atender a ciência', diz Marquinhos em reunião com comércio sobre lockdown

Prefeito faz afirmação durante gravação na qual garante que, por ora, não haverá fechamento da cidade

Nyelder Rodrigues e Ana Beatriz Rodrigues | 04/03/2021 17:03
Ruas de Campo Grande ficaram praticamente desertas com fechamento das atividades promovidos há dois anos (Foto: Marcos Maluf/Arquivo/Campo Grande News)
Ruas de Campo Grande ficaram praticamente desertas com fechamento das atividades promovidos há dois anos (Foto: Marcos Maluf/Arquivo/Campo Grande News)

Comércio e demais atividades devem seguir funcionando em Campo Grande nesse momento sem risco de fechamento obrigatório em um 'lockdown', mas mudanças podem ocorrer caso a situação se agrave e a equipe de trabalho da prefeitura constate que a medida drástica seja necessária para conter a propagação do novo coronavírus.

Esse é basicamente o resumo do encontro entre o prefeito Marquinhos Trad (PSD) e o presidente da CDL (Câmara de Dirigentes Logistas), Adelaido Vila, que aconteceu nesta tarde de quinta-feira (4) no Paço Municipal.

Durante a conversa, foram abordados a situação sanitária da cidade e as aflições dos varejistas campo-grandenses, que temem um lockdown na cidade, tendo em vista que a medida já é tomada em outros lugares do país por causa do aumento repentino de casos de covid-19 causados, provavelmente, por uma variante do Sars-Cov-2.

"Há quatro dias Campo Grande vem se mantendo com nível alto de ocupação de leitos, todavia, estável. Estamos ainda com leitos em 10% [livres]", frisa Marquinhos em vídeo gravado ao final do encontro. "Nesse momento, não há pela nossa equipe, nossos técnicos, não há por que fazer lockdown em Campo Grande", crava.

Contudo, posteriormente, o prefeito pondera que mudanças na situação podem ocorrer e decisões diferentes da atual podem ocorrer. "Todas as coisas sofrem modificações, e se vierem e o grupo técnico assim nos direcionar, com certeza absoluta vamos atender a decisão da ciência", completa Marquinhos Trad em sua fala.

Ao final, o chefe do Executivo municipal acalma os comerciantes avisando que a categoria não será pega de surpresa, sendo que antes de qualquer nova decisão haverá reunião com a própria CDL, Associação Comercial, Ministério Público, OAB e Câmara de Vereadores para delimitar prazos e ações, caso de fato necessárias.

Fechamento massivo foi medida adotada apenas no início da pandemia (Foto: Arquivo/Marcos Maluf)
Fechamento massivo foi medida adotada apenas no início da pandemia (Foto: Arquivo/Marcos Maluf)

Já Adelaido Vila reforçou a necessidade de manter o rigor nas medidas atuais de distanciamento social e de biossegurança, como uso contínuo e obrigatório da máscara de proteção facial e do álcool em gel, entre outros, para que não haja progressão dos quadros atuais da doença na cidade e evite o lockdown.

"Estávamos preocupados com um possível fechamento, mas essa ideia foi descartada por agora. Essa repercussão estava dando uma ideia negativa, pois as pessoas estava com medo de contratar funcionários e ter que fechar, investir mais no mercado e não ter lucro depois", disse Adelaido à reportagem, já por telefone.

Em discussão - A possibilidade de um lockdown em Campo Grande foi levantada a partir da crise encarada em outros locais do país e também de movimentações de alguns prefeitos do interior de Mato Grosso do Sul, temerosos com o futuro.

Entre seus vizinhos, Mato Grosso do Sul está em uma 'ilha', já que sua maior restrição até então é o toque de recolher entre 23h e 5h - o que não deve mudar, segundo Adelaido afirma ter conversado com o prefeito campo-grandense hoje.

Já no Mato Grosso, onde a situação começa a dar sinais de agravamento, foi definida multa para quem promover e ficar em aglomerações e proibição do funcionamento do comércio após às 19h e aos domingos. Lá, o toque de recolher também é maior, começando às 21h - o encerramento também ocorre às 5h.

Em Goiás, houve cidades adotando suspensão de atividades não essenciais, restrição das aulas para apenas 30% do total e instituição do toque de recolher entre 20h e 5h. No Paraná, as aulas presenciais foram suspensas, assim como serviços não essenciais e cirurgias eletivas em todo o Estado, para conter o vírus.

Na Capital paulista, a maior cidade do país e por isso referência nacional e de maior influência social em Campo Grande, foi decretado toque de recolher das 23h às 5h, mas bares estão proibidos de abrir e restaurantes podem funcionar só até 20h.

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