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Capital

Vídeo de morte em conveniência reforça "crime de fúria", diz delegado

“Sobrinho viu possibilidade de se livrar do tio, com quem tinha negócios escusos”, diz titular da 4ª Delegacia de Polícia Civil

Leonardo Rocha e Ronie Cruz | 02/08/2019 10:26
Reprodução do vídeo que mostra sobrinho assassinando o tio (Foto: Reprodução)
Reprodução do vídeo que mostra sobrinho assassinando o tio (Foto: Reprodução)

Após ter acesso ao vídeo que registrou o assassinato de Osvaldo Foglia Junior, de 47 anos, pelo sobrinho, Miguel Arcanjo Camilo Junior, 32, o delegado Thiago Macedo não tem dúvidas da tese de homicídio qualificado no caso, contrariando a versão de legítima defesa do assassino. Ele, inclusive, vai pedir a prisão preventiva do acusado, para evitar fuga do suspeito, que escapou depois de cometer o crime, foi pego, mas está sob prisão temporária.

Com as imagens feitas por câmeras da conveniência do sobrinho, onde ocorreu o crime, a investigação segue para o fim. Para o delegado, o vídeo é uma “prova cabal” de que se trata de homicídio qualificado.  

Macedo diz que Miguel Arcanjo pode pegar de 12 a 30 anos de prisão. “Quem atira em legítima defesa, não atira várias vezes, foi um crime de fúria e raiva. Miguel viu a possibilidade de se livrar do tio, com quem tinha negócios escusos”, disse o titular da 4ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande.

O delegado ainda ponderou que o vídeo confirma a descrição da perícia, que apontou que a vítima não tinha como reagir, já recebeu 9 tiros, em locais diferentes, como garganta, cabeça, pescoço, costas, entre outros.

Vídeo – Segundo a polícia, o tio estava dentro do carro em frente a conveniência, conversando com o sobrinho, quando o suspeito até coloca o rosto dentro do carro para visualizar uma mensagem no celular da vítima. Após três minutos de conversa, o tio se exalta e sai do veículo.

O vídeo (veja logo abaixo) mostra dos dois discutindo, quando o tio resolve voltar para dentro do seu carro. Neste momento o sobrinho saca a arma e faz vários disparos. Na imagem ainda mostra que a vítima tenta tomar a arma, mas não consegue.

A polícia reconheceu que havia um facão no banco de passageiro (veículo), no entanto alegou que este estava dentro da bainha e sequer foi tirado. “Logo após fazer os disparos a expressão não é de arrependimento e sim de alívio, já que estava sendo cobrado e se viu livre desta relação financeira promíscua”, disse Macedo.

Caso - Em depoimento Miguel Arcanjo Camilo Junior, de 32 anos, assassino confesso do próprio tio, afirmou que foi ameaçado e perseguido pelo menos três vezes antes de cometer o crime. Ele detalhou que é dono de duas lojas de revenda de frios e que o tio, Osvaldo Foglia Junior, de 47 anos, foi contratado por um de seus fornecedores, que além de empresário é vereador de Cassilândia, para fazer a cobrança de uma dívida.

O assassino confesso alega que Osvaldo começou a fazer as cobranças de forma insistente. Então passou a exigir o pagamento, e segundo o sobrinho, começou ameaça-lo. Para o delegado, Miguel afirmou que além das ameaças constantes, foi perseguido pelo tio pelo menos três vezes no dia do crime.

Veja o vídeo abaixo:

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