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Capital

Antes de assassinato, tio chegou a passar bens para o nome do sobrinho

Osvaldo foi morto com nove tiros na noite do dia 16 de julho, no Jardim São Lourenço

Kerolyn Araújo e Mirian Machado | 23/07/2019 10:49
Miguel chegando na 4ª Delegacia de Polícia Civil nesta terça-feira (23). (Foto: Henrique Kawaminami)
Miguel chegando na 4ª Delegacia de Polícia Civil nesta terça-feira (23). (Foto: Henrique Kawaminami)

A relação de amizade entre Miguel Arcanjo Camilo Junior, 32 anos, e o tio Osvaldo Foglia Junior, 47 anos, era tão próxima que a vítima chegou a transferir bens para o nome do sobrinho. Miguel foi preso na noite de ontem (22) no bairro Chácara Cachoeira, seis dias após matar o tio a tiros em uma conveniência na Rua Marquês de Lavradio, no Jardim São Lourenço.

Apesar da relação da vítima e do suspeito envolver bens, a principal linha de investigação da Polícia Civil é um 'serviço' que Osvaldo teria feito a um amigo de Miguel, que é empresário e vereador em Cassilândia. O homem precisava de uma pessoa para fazer a cobrança de uma dívida. Miguel teria indicado o tio para realizar o serviço. A vítima receberia R$ 150 mil do contratante.

Segundo o delegado Thiago Macedo, da 4ª Delegacia de Polícia Civil, Osvaldo teria 'estrapolado' na hora de cobrar a dívida e o empresário dispensou o serviço, mas não pagou o valor combinado, o que desencadeou a briga entre sobrinho e a vítima. ''Osvaldo ficou cobrando esse dinheiro do Miguel, já que ele teria intermediado o serviço'', explicou o delegado.

Delegado Thiago Macedo, responsável pelas investigações. (Foto: Henrique Kawaminami)
Delegado Thiago Macedo, responsável pelas investigações. (Foto: Henrique Kawaminami)

Conforme Thiago Macedo, o empresário, 'peça chave' do caso, será interrogado ainda nesta semana. Ele também revelou que os nove disparos que atingiram Osvaldo saíram de uma pistola 380. A arma era de Miguel e registrada.

Prisão - O mandado de prisão temporária de Miguel foi cumprida na noite de ontem (22). O suspeito foi preso ao deixar o escritório do advogado, no bairro Chácara Cachoeira. Segundo informações do GOI (Grupo de Operações e Investigações da Polícia Civil), no local estava acontecendo uma festa.

Ao Campo Grande News, o novo advogado de Miguel, Milton Costa, negou a informação. Segundo a defesa, o cliente foi ao local para combinar os trâmites da apresentação à polícia. ''Ele iria se entregar hoje, mas infelizmente não deu tempo", disse.

Agora, a defesa solicitará à Justiça a revogação da prisão temporária, alegando legítima defesa. ''A vítima tem gravações de Osvaldo dizendo que iria pegá-lo'', ressaltou.

Miguel será ouvido pelo delegado ainda nesta terça-feira (23).

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