Virou moda: em 8 dias, 3 são pegos com papel alumínio em tornozeleira
Polícia Militar foi acionada por agentes penitenciários da Unidade Mista de Monitoramento Virtual Estadual
A estratégia de embrulhar tornozeleira eletrônica com papel-alumínio na tentativa de burlar o monitoramento tem feito sucesso em Campo Grande, que registra o terceiro caso em oito dias.
Na noite de ontem (dia 26), agentes penitenciários da Unidade Mista de Monitoramento Virtual Estadual identificaram que Maycon da Silva Rodrigues tentou utilizar o “envelopamento” do equipamento com papel alumínio para atrapalhar o envio de sinal GPS.
Identificada a falha, os agentes acionaram a PM (Polícia Militar). Os policiais foram até a casa de Maycon, que não estava lá, mas acabou preso na manhã desta quinta-feira. A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) determinou à empresa responsável pelo fornecimento e manutenção dos equipamentos providências para evitar qualquer tipo de fraude no sistema.
A Unidade Mista realiza monitoramento 24 horas de pessoas que a Justiça determinou a restrição de liberdade com uso de tornozeleiras. Qualquer alteração ou interrupção do sinal é comunicada ao Poder Judiciário e acionada a PM.
O primeiro caso de “envelopamento” aconteceu na noite de 20 de setembro. O auxiliar de serviços Douglas Oliveira da Silva, 20 anos, cumpria pena por furto qualificado e foi morto durante confronto com a Polícia Militar no Jardim Aeroporto.
Segundo a PM, o rapaz havia enrolado papel-alumínio em volta da tornozeleira para tentar inibir o sinal emitido pelo equipamento. Na madrugada de 21 de setembro, Jean Pedro Jorge, 23 anos, foi flagrado na Rua Canoas do Sul, no bairro Taquarussu, com a mesma gambiarra.
