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Cidades

Com casa arrombada várias vezes, vítimas cobram solução

Redação | 06/03/2010 08:26

O momento em que moradores estão no trabalho torna-se "prato cheio" para ação de ladrões, em Campo Grande. Eles podem até furtar os objetos interessantes em etapas, como "formiguinhas".

Para as vítimas, fica a sensação de frustração e restam os transtornos, com nenhuma esperanças de que a Polícia encontre os responsáveis e recupere o que foi levado.

"A sensação de chegar em casa e ver que levaram suas coisas, conquistadas com muito suor, é a mais horrível que já experimentei", afirma Paullyane Amorim, 25 anos.

Há 45 dias, ela sofre com a ação de ladrões do Jardim Seminário. Ela conta que trabalha o dia todo e, instantes antes de chegar na residência, os marginais "fazem a limpa".

No mês passado, bandidos roubaram eletrônicos, eletrodomésticos, roupas e até alimentos. Eles arrombaram a porta da casa e fizeram muita sujeira.

Passado o susto, a jovem fez os reparos necessários na estrutura do imóvel. Dos objetos de maior valor, apenas a geladeira, comprada recentemente, foi deixada.

Paullyane não teve muito tempo para comemorar e, no domingo (28/02), a casa voltou a ser invadida. Na ação que ela considera mais "ousada", a geladeira foi furtada. Insatisfeitos, os autores voltaram no dia 1º de março ao local para levar o botijão de gás.

"Eu sei que isto não aconteceu só comigo, mas gente, onde vamos parar? Eu estou frustrada e muito desanimada com tudo: a polícia, a política, a educação que não alcança a todos".

Ela demonstra "Não me sinto segura mais na minha própria casa e para todo mundo que conto essa historia real, diz que eu tenho de me mudar da minha própria casa. Eu quem tenho de sair. Sou eu quem tenho de fugir. Poxa! Acho que o bandido sou eu, em fuga.", lamenta.

A técnica em enfermagem Ana Beatriz Falcão, 31 anos, teve a casa invadida quatro vezes em apenas uma semana do mês no ano passado. Aos poucos, marginais levaram televisão, roupas, perfumes, entre outros objetos de valor. A solução foi mudar-se do imóvel, na Vila Jacy, para a casa do pai. Nos dois casos, nada foi recuperado.

"Eu também só registrei boletim de ocorrência duas vezes, nas outras, me cansei", revela Ana Beatriz.

Ela explica que, além dos transtornos da mudança, ficou traumatizada e não teve coragem de entrar na residência para buscar o que restou. "A sensação que você é como se tivesse alguém te perseguindo. Você acha que tem alguém tem sempre alguém te observando", desabafa.

Nos dois caso, nem sequer perícia foi feita nos locais dos arrombamentos, e nenhuma das vítimas teve notícias sobre investigações realizadas pela Polícia para prender os responsáveis ou recuperar os objetos.

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