ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUARTA  24    CAMPO GRANDE 29º

Cidades

Defesa culpa vítima para pedir absolvição de procurador

Redação | 06/03/2009 16:21

O advogado Ricardo Trad está confiante em condenação máxima de 6 anos ao procurador Carlos Alberto Zeolla e até na absolvição pelo assassinato do sobrinho, Cláudio Zeolla, de 23 anos.

A defesa deve apelar para a tese de "homicídio privilegiado", disposto no §1º do art. 121 do Código Penal, que prevê crime praticado sob violenta emoção e seguida à injusta provocação da vítima.

A defesa também pode pedir a absolvição, alegando que diante de tais circunstâncias o autor não tinha outra saída a não ser matar a vítima. "Já são dezenas de casos em que isso é comprovado. Existe jurisprudência", detalha o advogado.

Ricardo Trad acredita que no caso de Carlos Alberto receber pena de até 6 anos, a reclusão pode cair pela metade por conta desses atenuantes e da saúde mental do procurador. "Pedimos laudo psiquiátrico para comprovar insanidade mental". Segundo a defesa, no momento do crime, o procurador não tinha capacidade psíquica de resolver o caso.

A versão para o crime, é de que o procurador só matou o sobrinho porque o rapaz agrediu o avô, Américo Zeolla, de 86 anos, na noite anterior ao crime. O pai de Carlos Alberto teria reclamado com Cláudio sobre a ida de freqüente de garotas de programa à casa da família.

A versão é contestada por amigos, que pediram para que fossem preservadas as identidades. Eles dizem que há mais de 20 dias o procurador já havia retirado da casa do pai a arma usada no crime. Os amigos também lembram, que o procurador ficou mais de meia hora dentro do carro, no ponto onde baleou o sobrinho a espera do horário em que normalmente ele seguia para a academia de bicicleta.

No dia 27 de fevereiro, em Cuiabá, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso afastou tese de homicídio privilegiado e condenou réu a 14 anos de prisão, por considerar que para justificar tal argumento é necessário que se tenha uma reação imediata a um fato. Na avaliação do TJ/MT, isso não aconteceu no pois o primeiro fato, que seria a suposta tentativa de homicídio perpetrada pela vítima, ocorreu às 23h e o crime foi às 6 da manhã do dia seguinte.

No caso do procurador, o horário da briga entre Cláudio e o avô, que seria o estopim para o assassinato, não foi revelado. Apenas foi dito que ocorreu na noite de segunda-feira, véspera da execução. Cláudio foi baleado por volta das 8h30 de terça.

Nos siga no Google Notícias