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Cidades

Defesa diz que procurador tentou suicídio 2 vezes hoje

Redação | 18/03/2009 16:45

O advogado de defesa de Carlos Alberto Zeolla avaliou como "decisão sábia e humana" o fato do Tribunal de Justiça do Estado aceitar a transferência do procurador para tratamento em uma clínica particular de Campo Grande.

Tentativas de suicídio, segundo a defesa, foram determinantes para a concessão do benefício. Na madrugada de hoje, Zeolla teria tentado pegar a arma de um policial civil para se matar, a Polícia nega o ocorrido.

Ele está preso há 15 dias no alojamento que serve para os policiais de plantão no Garras (Grupo Especializado de Repressão a Roubos e Sequestros), localizado na avenida Afonso Pena.

Depois da primeira tentativa, Zeolla ainda, na versão do advogado, quebrou uma janela de vidro, também na tentativa de provocar um corte e morrer.

Um médico psiquiatra foi chamado imediatamente, segundo Ricardo Trad, para medicar o procurador. "Laudos já comprovavam que a saúde mental dele está abalada", diz o advogado.

Os fatos foram relatados à Justiça e no início da tarde de hoje, o desembargador-relator do caso, Romero Osme Dias Lopes, deferiu a transferência solicitada pela defesa, determinando internação imediata em hospital psiquiátrico.

Outra opção solicitada pelos advogados era a prisão domiciliar, mas Trad diz que a internação foi a melhor alternativa e "diante do quadro", garante que agora quer impedir qualquer possibilidade de prisão em casa. "Vou encaminhar hoje novo pedido para que, na possibilidade dele ser transferido para pisão domiciliar, isso só ocorre depois que tiver alta médica."

Ao admitir que o procurador precisa ser hospitalizado, a Justiça reforça a tese da defesa de que Zeolla matou sob forte emoção, agravada pelo estado de saúde mental.

O Ministério Publico Estadual denunciou o procurador por homicídio qualificado do sobrinho Cláudio Alexander Joaquim Zeolla, de 23 anos, executado com tiro na nuca.

Hospedagem - A transferência para a Clínica Carandá, localizada na avenida Mato Grosso, deve ocorrer ainda hoje. O local é destino de alguns assassinos que alegam insanidade mental para matar. Um dos mais famosos casos é de Fábio Simonetti, que há 12 anos assassinou a tiros o músico Alex Sodré, conhecido como "Batata", depois de discutir com outra pessoa em um bar de Campo Grande.

Depois de voltar para casa e pegar uma carabina, ele retornou e matou o músico que tocava no bar. A defesa também alegou insanidade e ele foi encaminhado à Clinica Carandá.

No local, o procurador terá tratamento, com terapia ocupacional todas as tardes e a possibilidade de visita diária, das 14h às 17h.

O procurador pede aposentadoria, também sob a alegação de doença mental. Caso seja concedida, ele receberá o benefício integral: R$ 24 mil .

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