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Cidades

Em 3 anos Capital ganhou frota equivalente a de Dourados

Redação | 17/06/2008 11:23

A frota de veículos da Capital cresceu 28% nos últimos três anos, o que equivale praticamente à inclusão de uma frota como a de Dourados, o segundo maior município do Estado, no trânsito da Capital.

Nas ruas, o aumento, sem planejamento, já é percebido pelos motoristas, diz a dona de casa Maria Bernadete. "De dois anos para cá é visível que aumentou muito o número de carros. Muitos motoristas ainda não se adaptaram ao tráfego. Falta paciência", avalia.

A Capital fechou o mês de maio deste ano com 314.295 veículos, ou seja, 69.418 a mais que há três anos.

Este número se aproxima do total de veículos que existem na frota de Dourados, de 72.986 e, para o prefeito da Capital, Nelson Trad Filho (PMDB) é um dos fatores que explicam os elevados números de acidentes de trânsito.

Na pele - Antônio Izidoro é prestador de serviços, passa a maior parte do dia dirigindo e visitando clientes. Para ele, a combinação de ruas esburacadas e maus motoristas tem sido um entrave. "O fluxo cresceu, isso todo mundo vê, mas os motoristas não colaboram para desafogar e a condição das ruas está péssima"

Considerando a última contagem pelo Censo de 2007 do IBGE, existe um veículo (carro, moto, caminhão, camionete ou picape) na Capital a cada 2,3 habitantes.

Segundo o prefeito, para acompanhar o crescimento da frota, há projetos para melhorar o fluxo na malha viária nos pontos de maior fluxo da cidade e que seriam executados com recursos federais. Ele não quantificou os recursos e também não disse qual o calendário para execução de tais obras.

Caos - Enquanto isso, o que não falta é reclamação e acidentes nas vias de Campo Grande. Só em junho, nove pessoas já morreram. Quarenta acidentes de trânsito foram registrados apenas no feriado prolongado, segundo a Ciptran (Companhia Independente de Trânsito da Capital).

De 13 a 15 de junho, 32 acidentes deixaram pessoas feridas, uma morreu. Em outros oito casos houve somente danos materiais. A imprudência é reconhecida por motoristas como causas dos acidentes, mas alguns apontam a "contribuição" do poder público.

O advogado Valter Adolfo veio do interior de São Paulo e há 15 anos dirige em Campo Grande. Para ele congestionamentos que antes erram raros, hoje estão cada vez mais freqüentes. Porém, na opinião dele, um dos principais problema é a falta de manutenção das vias públicas. "Aqui tem um grande problema de sinalização, principalmente as sinalizações horizontais, que deixam muito a desejar", comenta.

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