Em 4 dias, 146 ha de maconha destruídos na fronteira
A polícia paraguaia destruiu ontem um hectare de maconha em fazenda de Pedro Juan Caballero, na fronteira com Ponta Porã. O local foi identificado após sobrevôo de helicóptero. Nos cálculos da polícia, na área poderiam ser produzidas até três toneladas da droga.
A estimativa é de que 80% da maconha colhida no Paraguai seja comercializada no Brasil, o restante abastece Argentina e Chile. A destruição de plantações ainda é defendida como ação mais eficaz para o combate ao tráfico.
Desde o dia 12 de fevereiro já foram destruídos 146 hectares somente na região de Capitão Bado, também na fronteira com Mato Grosso do Sul, cidade vizinha a Coronel Sapucaia.
Em entrevista ao jornal O Globo, o secretário-geral da Mesa Coordenadora Nacional de Organizações Campesinas do Paraguai, Luis Aguayo, admite que há camponeses envolvidos com o narcotráfico, mas sustenta que eles são uma minoria entre os agricultores. "Não é um problema majoritário, a maioria se dedica a uma produção normal", afirma.
Os camponeses cooptados pelo tráfico, diz Aguayo, são pobres e acabam sendo explorados e defende uma intervenção social do Estado para acabar com o problema. "