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Cidades

Estudante recebe 5 multas de trânsito com atraso de 3 anos

Redação | 21/10/2009 14:30

Dois anos após comprar um Saveiro seminovo, o estudante Thiago Cassemiro de Sousa, de 30 anos, foi surpreendido por cinco multas de trânsito, cometidas pelo primeiro dono do carro, três anos atrás.

Ele protesta porque no momento em que transferiu o carro para seu nome as pendências não constavam junto ao Detran/MS.

"O prazo para isso deveria ser de no máximo uns 30 dias", reclama o estudante, cujo prejuízo por conta da demora no envio de multas ultrapassa R$ 1 mil. Isso porque ele não encontra o antigo dono. Quando as infrações chegaram até ele, o homem que vendeu o veículo já havia se mudado para a Austrália.

As três primeiras multas, que somavam R$ 308,59, chegaram no ano passado, vindas da Prefeitura de Presidente Prudente (SP). Thiago ainda tentou recorrer, mas não obteve resposta e teve que pagar as infrações para poder licenciar o veículo, de placas HSD-2737. "Na transferência eu tive que pagar a guia e não tinha nenhuma multa pendente", lembra.

Como sabia que teria de arcar com a conta, ele pagou por 3 infrações, até que em setembro do mês passado recebeu outras duas, que somam R$ 702,31. Dessa vez, a notificação foi expedida pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) por excesso de velocidade na rodovia e por dirigir na contramão, também cometidas pelo ex-dono do Saveiro. "E se eu não pagar não vou conseguir licenciar o carro", reclama.

O estudante afirma que conhece outras pessoas que tiveram o mesmo problema e diz que isso prejudica o comércio de veículos usados. "Se eu soubesse disso não teria comprado o carro", ressalta.

Detran - O Campo Grande News procurou o Detran/MS para saber qual o motivo da demora no envio de multas. Por meio da assessoria de imprensa, o órgão informou que nem todas as infrações são expedidas pelo Departamento.

No caso de Thiago, por exemplo, elas são da Prefeitura de Presidente Prudente (SP) e da PRF, o que está além da competência do Detran, que costuma enviar as multas cerca de 30 dias após a infração.

Na tentativa amenizar a situação que já cria problema há algum tempo, movimento de Detrans pelo Brasil criou em 2004 um banco de dados unificado, para que a multa aplicada em uma cidade apareça na consulta feita pelo órgão de outro estado.

Mesmo assim, destaca o órgão, multas aplicadas pela PRF em determinadas localidades e por prefeituras não costumam ser inseridas nesse banco de dados.

Na hora de recorrer dessas multas, em situações como a de Thiago, por exemplo, é necessário que isso seja feito junto ao órgão responsável pelo envio.

Por isso, a recomendação do Detran é para sempre que alguém for comprar um carro usado, faça consulta do histórico do veículo junto ao Detran e também com a PRF e com o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte).

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