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Cidades

Execução de policial teria ligação com chacina ocorrida há oito meses

Paulo Yafusso | 15/06/2016 15:42
Em outubro, cinco integrantes de uma quadrilha foram mortos nesta padaria. O assassinato do policial Aquiles Chiquin Júnior teria ligação com esse caso (Foto: Arquivo)
Em outubro, cinco integrantes de uma quadrilha foram mortos nesta padaria. O assassinato do policial Aquiles Chiquin Júnior teria ligação com esse caso (Foto: Arquivo)

Vingança seria o motivo da execução do policia civil Aquiles Chiquin Júnior, de 34 anos, ocorrida na noite desta terça-feira (14) em Paranhos, a 469 km de Campo Grande. O crime teria ligação com chacina ocorrida em outubro do ano passado em uma padaria no centro da cidade, em que cinco integrantes de uma quadrilha de narcotraficantes foram mortos. O ataque teria sido praticado pelo bando rival, do qual faz parte um irmão do policial civil assassinado.

Esta é a principal linha de trabalho das equipes da Polícia Civil que estão na região de fronteira investigando o caso. Segundo fonte da Segurança Pública, na região duas quadrilhas disputam o comando do tráfico e em outubro, o grupo do irmão de Aquiles Chiquin Júnior atacou o bando comandado por um homem conhecido na região como Zacarias.

Entre os cinco mortos na chacina, estava o filho mais velho do chefão do tráfico. E o mais novo foi socorrido mas, em função da gravidade dos ferimentos, teve uma das penas amputadas. Em retaliação, a quadrilha de Zacarias teria dado o troco na mesma moeda, executando o irmão do integrante da facção adversária.

Pelo que foi apurado na época, os aliados de Zacarias estavam em um estabelecimento comercial no centro de Paranhos, quando homens em uma caminhonete chegaram disparando mais de 100 tiros de fuzil.

Segundo a polícia, o irmão de Aquiles mora no Paraguai e o investigador morto não tem nenhum envolvimento com as atividades dele, sendo policial exemplar que sempre atuou no combate ao crime na região de Paranhos. Aquiles Júnior concluiu a Academia da Polícia Civil em março do ano passado e tinha um filho pequeno.

A investigação – O Gol usado pelos executores do policial foi encontrado nesta madrugada na faixa de fronteira, todo queimado. A perícia não conseguiu levantar nenhum detalhe no veículo que possa levantar a identificação dos criminosos. O carro era roubado.

De acordo com nota divulgada pela DGPC (Delegacia-Geral de Polícia), dois homens entraram na academia onde Aquiles Chiquin Júnior fazia exercícios de musculação e dispararam 26 tiros com fuzil calibre 5.56. Outras quatro pessoas ficaram feridas e foram socorridas para o hospital da cidade.

Ainda conforme o que foi divulgado, um terceiro homem ficou no Gol esperando os dois criminosos. Após a execução, fugiram em direção ao Paraguai. Na academia não há câmeras de segurança e a polícia não informa que os bandidos usavam capuz.

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