Fácil e difícil: de demarcação de terras a direito gay, questões dividem opinião

Mais de 7,1 milhões de candidatos se inscreveram para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) este ano. As provas foram realizadas em 1.161 cidades. Em Campo Grande, o exame dividiu a opinião dos candidatos, que apontaram as matérias e questões mais difíceis do primeiro dia de prova.
No primeiro dia de exame foram aplicadas questões de Ciências Humanas e da Natureza. A prova fazia questionamentos sobre globalização, demarcação de terras indígenas, governo de Juscelino Kubitschek, circuitos elétricos, química orgânica, transmissão de rubéola e outros.
O exame ainda trouxe a cultura pop do grupo Titãs, por meio da música “Disneylândia”, e os direitos civis dos homossexuais nos Estados Unidos.
Para Jeferson Fernandes Soares, 20 anos, a prova estava fácil. No entanto, as questões de químicas foram as mais complicadas de serem resolvidas.
“Química estava bem difícil”, revelou o jovem que confessou que não se preparou para a realização do exame. Ele já concluiu o terceiro ano do Ensino Médio e pretende cursar Biologia na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).
Os amigos Ronaldo Aquino, 16, e Samuel Fernandes, 18, também avaliaram o primeiro dia de exames como fácil. “As perguntas de ciências estavam muito difíceis”, disse Ronaldo que pretende ingressar no curso de Engenharia Mecânica.
Já Samuel, que quer fazer Medicina, avaliou a prova de química como a mais trabalhosa. “Mas achei interessante que na prova caíram muitas questões sobre as manifestações de junho. Elas falavam sobre jovens entrando no meio da política”, contou.
Confusa, a estudante Juliana Padilha, 17, disse que “a prova não estava difícil, mas também não estava fácil”. A maior preocupação da jovem é no segundo dia de exame, já que será aplicada a redação.
“Eu achava que na redação ia cair um tema sobre as manifestações, mas como já perguntaram hoje eu não sei o que vai ser”, teme. Juliana quer estudar Nutrição na UFMS.
Outra candidata que está pensativa por causa do tema da redação é Fabíola Vidal, 25. Ela quer cursar Pedagogia e diz que “o tema da redação preocupa”. “Hoje eu fui bem e percebi que muita gente na sala também, já que tinham terminado a prova cedo. A redação é mais difícil”, opina.