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Cidades

Faculdade fechou as portas por falta de dinheiro

Redação | 24/06/2010 08:52

A direção da Egea (Escola Global de Educação Avançada) que representa a Ulbra (Universidade Luterana do Brasil) em Mato Grosso do Sul, informou hoje que resolveu fechar as portas porque não tem recebido os repasses da Ulbra, desde o fim do ano passado.

Ontem, os alunos chegaram para assistir aulas da fase presencial de cursos a distância, mas encontraram apenas uma placa de "Boas Férias".

Em comunicado, a Egea afirma que a Ulbra, mantida pela Comunidade Evangélica Luterana de São Paulo, "insiste em descumprir os contratos celebrados". Segundo a direção, uma liminar concedida pela Justiça de Canoas (RS), sede da Universidade, já determinou o respeito aos acordos com os agentes educacionais associados.

Como a Ulbra não cumpriu a ordem judicial, a decisão foi pela suspensão dos serviços em Campo Grande. Nem respostas de e-mail ou atendimento por telefone e 0800 são feitos desde ontem.

A orientação aos alunos é que busquem ressarcimento junto "a fonte onde as receitas estão retidas" - a Universidade Luterana.

A Egea já comunicou o fechamento à Ulbra, promete novas ações nas esferas cível e criminal, caso o assunto não seja resolvido, e garante que só fechou as portas provisoriamente, até que encontre uma solução para o impasse. Segundo a faculdade, a. Ulpra "tomou a educação a distância na mão grande".

A universidade tinha contrato com parceiros e sem nenhum contato prévio o rescindiu, alega a Egea, que há um ano diz não receber material didático, como livros, nem dinheiro para administração dos cursos.

No fim do ano passado a diretoria conseguiu imprimir livros, que eram usados até o momento pelos alunos, informa a Egea. Há dois meses também há dificuldade para pagar os salários.

Segundo a empresa, cerca de 40% da mensalidade paga pelos alunos são regularmente repassados à Ulbra, por isso não há justificativa para a falta de repasses pela Universidade.

Em Mato Grosso do Sul a Egea tem 1,5 alunos e outros 20 mil no estado de Minas Gerais.

Em 2008, a Ulbra enfrentou uma crise amplamente divulgada pela imprensa. Com uma dívida total estimada em pelo menos R$ 1,6 bilhão e um déficit mensal em torno de R$ 10 milhões, a Universidade definiu um plano de recuperação para dois anos.

No ano passado, a Ulbra chegou a fechar dois hospitais que mantinha no Rio Grande do Sul, também por conta da crise.

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