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Cidades

Famílias resistem a despejo no bairro São Francisco

Redação | 04/03/2009 10:10

Ameaçadas de despejo, quinze famílias fecharam suas casas e permanecem de prontidão no bairro São Francisco, próximo à avenida Mascarenhas de Moraes, na tentativa de resistir a uma determinação judicial de reintegração de posse.

De acordo com o morador Carlos Antônio Alves, de 44 anos, as famílias estão protelando a saída das casas na esperança de conseguir a suspensão da decisão. Ele relata que os policiais militares orientaram para que todos retirassem os bens de maior valor dos imóveis, que serão levados de caminhão até um depósito. Contudo, o grupo resiste. "Ninguém vai facilitar".

Conforme Abadio Rezende, advogado das famílias, o pedido de reintegração foi feito por Nestor Lemos Barbosa, que conseguiu no TJ/MS (Tribunal de Justiça) reverter uma decisão, em primeiro grau, que definiu a área como pertencente a Adão Sabino da Silva.

Segundo Rezende, Adão da Silva obteve o terreno por meio de usucapião e, após conseguir a primeira vitória na Justiça, passou a lotear e vender terrenos. "O Nestor arrematou a área em um leilão e quando veio tomar posse, viu que estava ocupada", afirma Abadio Rezende.

Caso não consiga suspender o pedido de reintegração de posse, o advogado quer que a justiça dê às famílias o direito de voltar as casas e também determine indenização pelos imóveis já construídos. "São compradores de boa fé, com direito a receber indenizações pelas benfeitorias".

"Não somos invasores, foi tudo comprado e registrado em cartório", defende João Batista, que mora no local há três anos. Ele reclama que as famílias não têm para onde ir. "Vamos ter que dormir na rua".

No local, há quatro viaturas da PM (Polícia Militar) e um oficial de justiça.

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