ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MAIO, TERÇA  07    CAMPO GRANDE 23º

Cidades

Farmacêutico que vendeu remédio de animal recorre para não ir a júri

Paulo Fernandes | 03/03/2011 16:39

Medicamento pode ter provocado a morte de um jovem em 2009.

Julgamento foi interrompido por um pedido de vista; farmacêutico manipulou e vendeu o medicamento (foto: divulgação)
Julgamento foi interrompido por um pedido de vista; farmacêutico manipulou e vendeu o medicamento (foto: divulgação)

A 1ª Turma Criminal do TJ/MS (Tribunal de Justiça) está analisando o recurso do farmacêutico Delcy Lima de Oliveira, responsável por manipular e vender um medicamento de uso animal, que pode ter provocado a morte de Dario Dibo Nacer Lani, em 2009. Delcy não quer ser submetido a júri popular, formado por leigos.

O julgamento começou na segunda-feira, mas foi interrompido por um pedido de vista do desembargador João Carlos Brandes Garcia, que deve se manifestar na próxima sessão da Turma, no dia 14.

De uso animal, o medicamento Clembuterol é utilizado para efeito anabolizante em humanos. Ele foi manipulado e vendido por Delcy, que é dono de uma farmácia.

Dariu morreu após passar mal e ter um infarto. Ele disse ao médico plantonista que tinha tomado o medicamento.

O farmacêutico alega que houve cerceamento de defesa e pede a nulidade por falta de uma prova, um eletro, e por limitação de defesa, porque teve questionamentos a médicos indeferidos pelo juiz.

O relator do processo, Desembargador Dorival Moreira dos Santos, votou contra submeter o farmacêutico a júri popular.

Para ele houve nulidade por conta da limitação do trabalho da defesa, já que houve o indeferimento de perguntas a médicos sobre as circunstâncias e as causas da morte de Dario Dibo.

Dorival foi acompanhado pelo juiz convocado Francisco Gerardo de Souza.

Estaca zero - Prevalecendo o entendimento dos dois desembargadores, o júri popular será afastado e o processo voltará para a fase de inquérito das testemunhas de defesa.

Nos siga no Google Notícias