Farmacêutico que vendeu remédio de animal recorre para não ir a júri
Medicamento pode ter provocado a morte de um jovem em 2009.

A 1ª Turma Criminal do TJ/MS (Tribunal de Justiça) está analisando o recurso do farmacêutico Delcy Lima de Oliveira, responsável por manipular e vender um medicamento de uso animal, que pode ter provocado a morte de Dario Dibo Nacer Lani, em 2009. Delcy não quer ser submetido a júri popular, formado por leigos.
O julgamento começou na segunda-feira, mas foi interrompido por um pedido de vista do desembargador João Carlos Brandes Garcia, que deve se manifestar na próxima sessão da Turma, no dia 14.
De uso animal, o medicamento Clembuterol é utilizado para efeito anabolizante em humanos. Ele foi manipulado e vendido por Delcy, que é dono de uma farmácia.
Dariu morreu após passar mal e ter um infarto. Ele disse ao médico plantonista que tinha tomado o medicamento.
O farmacêutico alega que houve cerceamento de defesa e pede a nulidade por falta de uma prova, um eletro, e por limitação de defesa, porque teve questionamentos a médicos indeferidos pelo juiz.
O relator do processo, Desembargador Dorival Moreira dos Santos, votou contra submeter o farmacêutico a júri popular.
Para ele houve nulidade por conta da limitação do trabalho da defesa, já que houve o indeferimento de perguntas a médicos sobre as circunstâncias e as causas da morte de Dario Dibo.
Dorival foi acompanhado pelo juiz convocado Francisco Gerardo de Souza.
Estaca zero - Prevalecendo o entendimento dos dois desembargadores, o júri popular será afastado e o processo voltará para a fase de inquérito das testemunhas de defesa.