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Cidades

Governo de MS oficializa reajuste salarial de 11,36% a professores

Flávia Lima e Ricardo Campos Jr. | 23/02/2016 18:00
Governador Reinaldo Azambuja, em pé, durante reunião em que oficializou reajuste de professores. (Foto:Allan Nantes)
Governador Reinaldo Azambuja, em pé, durante reunião em que oficializou reajuste de professores. (Foto:Allan Nantes)
"Agora, vamos trabalhar para melhorar nossa nota no Ideb", disse Reinaldo (Foto: Alan Nantes)
"Agora, vamos trabalhar para melhorar nossa nota no Ideb", disse Reinaldo (Foto: Alan Nantes)

O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB) assinou, na tarde desta terça-feira (23), lei que determina reajuste de 11,36% no salário dos professores da rede estadual.

Com o aumento, um professor sem ensino superior em início de carreira passará a receber R$ 3.151,68. Os que possuem nível superior, passam a receber R$ 4.727,67. Os novos valores passam a valer a partir do primeiro dia útil de março.

Independente do reajuste, os professores do Estado já recebem 73,78% acima do piso nacional, que é de R$ 2.135,00 para profissionais que possuem o Ensino Médio. Além disso, o piso nacional é válido para jornada de 40 horas de trabalho enquanto que em Mato Grosso do Sul a jornada de trabalho é de 20 horas.

Além do reajuste de 11,3%, a categoria receberá, em outubro, um acréscimo de 5,92% referente a parcelamento acordado em 2015, que visa elevar em 100% o piso dos professores do Estado em relação ao piso nacional.

A meta é concluir essa integralização até 2021, conforme acordo firmado entre o governador e a categoria, no ano passado.

A integralização com os valores nacionais obedece lei sancionada em dezembro de 2013 pelo então governador André Puccinelli (PMDB). Durante a assinatura da lei, o governador lembrou das dificuldades financeiras enfrentadas em seu primeiro ano de mandato e ressaltou que para beneficiar os professores e garantir benefícios para outros setores do governo, foram necessários realizar muitos cortes.

"Muitas pessoas não entenderam quando precisamos aumentar impostos, mas foi uma medida necessária para garantir esses benefícios. Apesar disso, nós já pagávamos o piso nacional enquanto em outros estados, os professores ainda estão brigando por isso", afirmou. 

Segundo Reinaldo, o fato de não precisar entrar em um embate com a categoria, vai possibilitar um ano tranquilo de trabalho para os professores e alunos, que não serão prejudicados com a paralisação das aulas, conforme ocorreu ano passado.

"Agora vamos trabalhar para melhorar nossa nota no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica)", enfatizou Reinaldo.

Valorização - Para o presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Roberto Botarelli, o reajuste e o comprometimento do governo em cumprir com o parcelamento que irá integralizar o piso local com o nacional é uma forma de mostrar reconhecimento pelo trabalho da categoria.

"Com isso passamos do terceiro lugar no ranking de salários para o melhor piso do país. Para nós é um orgulho", destaca. Botarelli enfatizou que, apesar da crise, o governo vem buscando alternativas para valorizar os profissionais da Educação.

Botarelli concorda que a ausência de greves vai possibilitar um trabalho melhor junto aos alunos e pais. "A greve é um movimento legítimo , mas deve ser o último recurso a ser utilizado", conclui.

Também estiveram presentes na assinatura, a vice-governadora Rose Modesto, o secretário de Administração, Carlos Alberto Assis e o secretário de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel.  

 

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