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Cidades

Homem diz à Policia que foi torturado com furadeira

Redação | 10/06/2010 15:59

O gerente administrativo de uma agência de turismo de Campo Grande, Jackson Morales Barreto, procurou a Polícia hoje para registrar boletim de ocorrência contra um suporto agiota, identificado por ele como Luis Lourenço.

Jakson diz que foi torturado com um furadeira ontem, porque não pagou 2 parcelas de R$ 250,00, de uma dívida total de R$ 2,5 mil. Ele admite que resolveu dar o calote, mas foi surpreendido com a cobrança violenta.

O homem contou à Policia que no fim da manhã de ontem, por volta das 13h30, ele foi procurado por Luis, ele e outros dois homens foram até a casa de Jakson no Guanandi e o obrigaram a seguir com os três.

"Ele mandou entrar no carro e fomos até uma casa que está sendo construída, no Jardim Canguru", relatou ao delegado Márcio Obara, da 5ª Delegacia de Polícia da Capital.

Quando entrou na obra, ele diz que os dois homens que acompanhavam Luís o prenderam e um esticou o braço de Jakson, momento em que a mão foi superficialmente furada.

Depois, ele diz que foi obrigado novamente a entrar no carro e foi abandonado na estrada da Gameleira, na saída para Sidrolândia. Jackson telefonou para a esposa que foi buscá-lo. "Hoje resolvi procurar a Polícia", comenta.

Jakson mostra o ferimento, uma marca pequena circular na parte de cima da mão, já com um pequeno curativo.

Na construção - O Boletim de Ocorrência de hoje, registrado como cárcere privado e sequestro, é mais um fato dentro de investigação que começou na quarta-feira. A foto do aparelho foi exibida hoje em edição do jornal Correio do Estado, mas Jakson garante que não sabia que a furadeira tinha sido encontrada.

Ontem, por volta das 13h30, a Polícia recebeu denuncia de que quatro homens armados andavam pelo Canguru. Os policias seguiram até lá e encontraram o veículo denunciado, mas apenas com dois homens e sem qualquer arma.

No entanto, ao serem questionados, os dois contaram que estavam voltando de uma loja de materiais de construção e iam para a obra, na rua Professor Virgilio Guinter.

A equipe da Polícia seguiu até o local, onde encontrou uma furadeira com sangue e um material que parecia gordura ou até massa encefálica. Tudo foi enviado para perícia no IMOL (Instituto Médico e Odontológico Legal).

A história contada pelos dois é cheia de contradições e detalhes fantasiosos, destaca o delegado. Kleiton Raimundo da Silva, de 26 anos, que disse ter recebido no inicio da tarde de ontem ordem de pegar Nelson Luis Correa, de 55, na casa em construção.

Segundo ele, um homem, chamado Fernando, com quem trabalhou há cerca de 20 dias disse para que pegasse o Astra, com chave na ignição em determinado endereço, para então buscar Nelson na construção para comprar mais material.

Os dois garantiram que quando saíram da obra, não havia sangue no local. O Astra Sedan preto em que eles estavam, de placas GOL-2140, foi apreendido. Na residência do Canguru foi apreendida também a motocicleta Honda Titan 150 preta de placa HSU-1030.

Um comerciante de 30 anos, que pediu para não ser identificado, procurou a 5ª delegacia nesta tarde para comunicar que a motocicleta está em seu nome, mas foi vendido em 2007.

A Polícia continua com as investigações, espera os laudos do IMOL e tenta localizar o homem apontado pela suposta vítima como autor da tortura.

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