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Cidades

Ignorando justiça, mais invasores chegam a terreno

Redação | 20/10/2010 09:48

Ignorando decisão judicial que dá prazo de 48 horas para reintegração de posse, as famílias continuam a chegar ao terreno invadido ao lado do residencial Iguatemi, em Campo Grande, e a "cidade" de barracos não para de crescer.

Paulo dos Santos, de 20 anos, afirma que anota o contato das pessoas e a lista já conta com 205 famílias, o que corresponde a mil pessoas.

Segundo Paulo, há moradores vindos de diversos bairros, como Marcos Roberto, Vida Nova e até mesmo de Santa Catarina. "Eles não tinham onde morar e acabaram chegando aqui", relata. A família não foi localizada pela reportagem.

Hoje, o dia é dedicado a recolher madeira, lona, plástico e toda sorte de material que possa dar forma aos barracos.

Os lotes são divididos com estacas, corda e arame farpado. Com crianças, idosos e gestantes, os invasores convivem com uma infraestrutura precária.

Susi Aparecida Ferreira, de 22 anos, trabalhava hoje na construção do barraco que deve abrigar ela, o esposo, um filho de 3 anos e uma filha de cinco meses.

A família mora em um imóvel alugado no bairro Marcos Roberto. Questionada se não teme ser obrigada a sair do local, ela reconhece a situação de insegurança. "Ai que é o problema. [Sair] para onde?".

Dificuldades para pagar o aluguel e conseguir uma casa na Emha (Empresa Municipal de Habitação) são as justificativas de Antônio Marcos Korzeniewsky para participar da invasão. "Estou há dez anos na luta para conseguir uma casa".

No local, também estão seus três filhos, todos crianças. Antônio, que trabalha fazendo lanches, conta que morava de favor no bairro Monte Castelo. Mas que perdeu a moradia porque o proprietário morreu.

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