“Preto tem que morrer”: rapaz é baleado após agressão a deficiente

Homem de 35 anos, que não teve o nome divulgado, foi baleado durante intervenção da Força Tática da Polícia Militar na tarde deste domingo (7), no bairro Parque São Carlos, em Três Lagoas. O caso foi registrado como lesão corporal dolosa, ameaça, resistência, desacato, injúria qualificada por motivação racial, além de lesão corporal decorrente de intervenção legal. Entre as frases ditas pelo suspeito, estava "preto tem que morrer".

Segundo o boletim de ocorrência, a equipe foi acionada para atender uma denúncia na Rua Valdeci Vasconcelos. Ao chegar ao endereço, os policiais localizaram o suspeito, que ignorou a ordem de abordagem e correu para dentro de um quintal, trancou o portão e entrou na residência.

Os policiais continuaram tentando abordá-lo, mas o homem começou a ameaçar e xingar a equipe, afirmando que estaria armado. Os militares relataram que ele se encontrava bastante exaltado e apresentava sinais de uso de álcool ou drogas.

"Quero ver vocês me pegarem aqui, seus filhos da puta. Não vou parar porcaria nenhuma. Estou armado. Não venham, que vocês vão tomar", teria dito o homem.

A equipe utilizou taser e munição de elastômero para tentar conter o homem, mas ele continuou agressivo, desferindo socos e chutes. Em determinado momento, ele avançou contra um dos policiais e tentou alcançar a arma do militar.

Diante do risco, os agentes efetuaram disparos para conter a agressão. Ele recebeu atendimento médico na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e depois foi transferido para o Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, onde permanece internado sob escolta policial. A perícia técnica compareceu ao local.

Ainda conforme o boletim, a ocorrência começou quando o suspeito teria agredido com um pedaço de madeira um jovem com deficiência física. A mãe da vítima também relatou ter sofrido ameaças com faca e ofensas de cunho racial quando tentou intervir.

"Você não passa aqui, sua macaca fedida, drogada, preta. Preto tem que morrer. Se você chamar a polícia, eu arranco sua cabeça", teria afirmado o suspeito, segundo a vítima.

O homem possui passagens anteriores por ameaça, tráfico de drogas, lesão corporal, dano, porte de entorpecentes para consumo e violência doméstica. O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil.