Advogado preso por matar namorada quer anular laudos periciais
Alexandre França Pessoa, de 42 anos, está encarcerado em cela do Presídio Militar de Campo Grande
Principal suspeito de matar a namorada, o advogado Alexandre França Pessoa, de 42 anos, pediu a anulação dos laudos periciais sobre o crime. O corpo da vítima, Fernanda Daniele Santos, de 36 anos, foi encontrado no dia 29 de abril, por volta das 6h20, em plantação de milho perto da MS-276, entre Nova Andradina e Batayporã.
Segundo William Wagner Maksoud Machado, advogado de Alexandre, o método científico não foi realizado de maneira apropriada, trazendo dúvidas acerca da conclusão final dos laudos. “O que se tem de certeza é que não há nada que demonstre que o acusado tenha cometido o crime”, diz trecho do pedido. Alexandre Pessoa requer ainda a quebra do sigilo bancário da vítima. No pedido de liberdade a defesa de Alexandre pede impugnação de laudos como o pesquisa sanguínea, pesquisa de esperma, determinação de perfil genético e identidade de genética e exame de vistoria em veículo automotor.
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Maksoud também listou 20 testemunhas no processo, indicadas por Alexandre. Entre as pessoas listadas pelo suspeito, há advogados, juiz de direito, empresários, político, policial militar e pessoas de várias categorias da cidade de Nova Andradina e Batayporã, conforme o site Jornal da Nova. Já o MPE (Ministério Público Estadual) indicou 13 pessoas, que são da família, amigos, empresário, entre outros. Dos treze, três estão no mesmo rol de testemunhas de Alexandre Pessoa.
Crime e prisão - Fernanda foi degolada e o corpo arrastado para o local onde foi encontrado. A principal suspeita da polícia é de que o crime tenha motivação passional, contudo, as circunstâncias do feminicídio ainda estão sendo apuradas. A polícia chegou até Alexandre depois de encontrar prints de conversas dele com Fernanda armazenadas no notebook da vítima.
Desde que foi preso, no dia 2 de maio, Alexandre passou mal duas vezes, precisou ser internado, mas retornou para a prisão. Ele está encarcerado em cela do Presídio Militar de Campo Grande.