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Interior

Agressões eram constantes, relata tio de jovem que matou a própria mãe

Após o crime, filho acabou preso junto com um amigo; ambos são apontados como suspeitos

Por Dayene Paz | 06/11/2025 09:41
Agressões eram constantes, relata tio de jovem que matou a própria mãe
Mara Aparecida em foto publicada no Facebook. (Foto: Redes sociais)

"Ele vinha batendo nela direto", relatou Marcelo Mariano do Nascimento Gonçalves, de 40 anos, irmão da 34ª vítima de feminicídio em Mato Grosso do Sul. Mara Aparecida do Nascimento Gonçalves, de 43 anos, foi morta com um golpe de faca no pescoço, na noite desta terça-feira (4), na cidade de Aparecida do Taboado, distante cerca de 458 km de Campo Grande. O filho dela e um amigo foram presos, suspeitos de cometer o crime.

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Mara Aparecida do Nascimento Gonçalves, de 43 anos, foi assassinada com um golpe de faca no pescoço em Aparecida do Taboado, Mato Grosso do Sul. O filho, Gabriel Gonçalves Ferreira, de 18 anos, e seu amigo Carlos Henrique Dantas, de 20 anos, foram presos como suspeitos do crime. Segundo o irmão da vítima, Mara sofria constantes agressões do filho, que exigia dinheiro para consumo de drogas. A família tentava intervir nas situações de violência, mas as agressões se repetiam. O corpo da vítima apresentava diversos hematomas e foi sepultado na quarta-feira (5).

Ainda abalado, Marcelo começou a conversa com o Campo Grande News em tom de tristeza, mas também de indignação. Contou que Mara era uma pessoa do bem, dona de casa e que recebia auxílio, mas sempre cuidou do filho, Gabriel Gonçalves Ferreira, de 18 anos. Contudo, as brigas eram constantes. "Batia, partia para cima dela porque queria dinheiro para usar drogas", revelou.

Marcelo e os irmãos acudiam Mara com frequência. Há quatro anos, na casa própria, a dona de casa era agredida com mais frequência por Gabriel. "A gente acudia, mas passavam uns três meses e ele voltava com as agressões de novo", comenta. "Ela dizia que não tinha muito o que fazer."

Após o crime, Gabriel foi preso junto com um amigo, Carlos Henrique Dantas, de 20 anos - os dois apontados como suspeitos. "Já vi esse amigo lá. Diz que trabalhava em uma fazenda, mas ficava na minha irmã direto".

Agressões eram constantes, relata tio de jovem que matou a própria mãe
Policiais em frente ao imóvel onde mulher foi achada morta. (Foto: Costa Leste News)

A família está abalada e pede justiça. "Judiaram bastante dela, porque estava cheia de hematomas. Só queremos que ele pague pelo que fez", lamenta Marcelo. Mara foi sepultada na tarde desta quarta-feira (5).

O caso - O crime em Aparecida aconteceu no Jardim Redentora. A história contada para a polícia era confusa e relatada por Gabriel e Carlos. Foram eles que acionaram a Polícia Militar, segundo o delegado André Eduardo Peres Stafusa.

Carlos contou que um homem de cor parda, trajando calça jeans, tênis branco, sem camiseta e com uma camiseta vermelha enrolada na cabeça, chegou à residência portando uma faca e perguntando pela dona da casa. Na versão de Carlos, no momento em que a vítima saiu para verificar o que estava acontecendo, foi atingida por um golpe de faca no pescoço.

Quando a PM chegou para atender a ocorrência, encontrou os dois rapazes na calçada, e os bombeiros já estavam no imóvel, onde constataram a morte da vítima. Durante a perícia, foi encontrada uma camiseta azul com vestígios de sangue no quarto onde os dois rapazes dormiam. Já a faca utilizada no crime foi localizada sob o banco de uma motocicleta que estava na varanda do imóvel. Os itens foram recolhidos e encaminhados para a perícia.

O filho e o amigo acabaram presos, suspeitos de feminicídio. Apesar de haver indícios de que eles praticaram o crime, ambos negam. Eles tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça. Agora, a polícia trabalha agora para entender o que antecedeu à morte de Mara.

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