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Interior

Apesar de trégua da chuva, estradas ainda são problema para transporte escolar

Caroline Maldonado | 04/03/2016 11:52
Em Fátima do Sul, prefeitura faz reparos, mas algumas estradas estão intransitáveis (Foto: Divulgação/Prefeitura)
Em Fátima do Sul, prefeitura faz reparos, mas algumas estradas estão intransitáveis (Foto: Divulgação/Prefeitura)
Segundo morador de assentamento, ônibus escolar não consegue chegar em todos os locais (Foto: Direto das Ruas)
Segundo morador de assentamento, ônibus escolar não consegue chegar em todos os locais (Foto: Direto das Ruas)

Entre os municípios mais afetados pelas chuvas das últimas semanas, Ponta Porã e Fátima do Sul ainda sofrem com os estragos. A Defesa Civil dá apoio constante, oferecendo moradia e alimentação, mas a situação das estradas é o que mais preocupa, pois prejudica o transporte escolar.

As aulas já começaram, mas boa parte dos 100 alunos não está frequentando a escola, no assentamento Dorcelina Folador, em Ponta Porã, conforme um morador. Muitos veículos que tentam passar pela estrada, que dá acesso à cidade, atolam e ficam no meio do caminho.

Segundo o agricultor Lúcio Bogado da Silva, as crianças e adolescentes deveriam ter começado a estudar na segunda-feira (29). “Os ônibus passam por onde dá e pegam algumas crianças, mas a maioria está não está indo. A situação é precária aqui”, comentou o morador do assentamento.

A Defesa Civil do município informou que visitará hoje o assentamento para registrar os estragos e encaminhar relatório à Prefeitura e ao Governo do Estado. “Estamos há mais de 20 dias trabalhando intensamente, visitando os locais. Hoje, estamos no distrito Itamaraty e a tarde vamos para o assentamento. A equipe está à disposição para ajudar no que for preciso”, comentou o coordenador da Defesa Civil na cidade, Mauro Camargo.

No distrito Itamaraty, os moradores fazem desvio de 6 quilômetros para usar um caminho alternativo, depois que uma pequena ponte desabou. “Estamos prontos a atender qualquer pessoa que precise sair do local e também para levar alimentação, mas até então, ninguém solicitou o serviço. Portanto, todos estão sabendo que não estão isolados”, disse Mauro.

Em Fátima do Sul, 30 famílias, da Vila do Navegantes, permanecem em casas alugadas pela prefeitura ou morando com parentes, desde o último sábado (27). Na cidade, o que mais preocupa os moradores agora também é o transporte escolar.

Segundo o secretário de Obras, Luiz Carlos Martins, há recurso para manter os moradores no aluguel social por três meses. “A água está abaixo do joelho, o rio já baixou e hoje não choveu, mas ainda não tem como os moradores voltarem. Estamos dando todo o apoio necessário e esperamos que pare de chover na cabeceira do rio”. O Rio Apa, está 3 metros acima do nível normal, segundo a estação de Tratamento do Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto). Ontem (3), as águas estavam 3,90 metros acima do normal.

Em Aquidauana, conforme o coordenador da Defesa Civil do município, Mário Raváglia, três famílias continuam fora de casa. O nível do Rio Aquidauana baixou de 7,90 metros para 7,71 metros, de ontem para hoje, segundo a sala de monitoramento do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul). “Os moradores estão em abrigos e recebem quatro refeições diárias e toda assistência necessária. Precisamos que o rio baixe mais um metro para que possam voltar para casa”, disse o coordenador.

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