Após perder emprego, ex-prefeito é investigado por superfaturamento

Cinco meses após ser demitido do cargo de técnico administrativa do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, o ex-prefeito de Itaporã Wallas Milfont virou alvo de outra investigação em decorrência de atos suspeitos no período em que administrava a cidade, a 227 km de Campo Grande.
O inquérito instaurado pelo promotor Radamés de Almeida Domingos, publicado hoje (7) no Diário Oficial do MPMS, é para investigar suspeita de superfaturamento na contratação de empresa de engenharia recuperação da cobertura da Escola Municipal Maria Timira dos Santos.
Conforme a denúncia que originou o inquérito, Wallas teria praticado ato de improbidade administrativa, uma vez que planilhas de medição demonstram pagamento de valores superiores aos serviços executados pela empresa responsável.
Ainda de acordo com o promotor, desembolso de recursos não usados para aquela finalidade, como aplicação de 90 metros quadrados de tinta látex nas paredes, aplicação de esmalte em madeiras e assentamento de portas.
Demitido – Alvo de operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) em 2015 por suspeita de irregularidade em licitação para contratar agência de publicidade, Wallas Gonçalves Milfont perdeu o cargo no MPMS “a bem do serviço público”.
A penalidade foi aplicada com base em dois artigos da legislação sobre o Estatuto do Funcionário Público: incontinência pública (comportamento que não se ajusta aos limites da decência) ou escandalosa; e receber ou solicitar propinas, comissões ou vantagens de qualquer espécie, ainda que fora de suas funções, mas em razão delas. “Fui surpreendido, estava trabalhando normal”, disse Wallas, na época da demissão.