Assassino usou mensagem falsa para atrair e matar professora
Suspeito atraiu vítima ao oferecer a retirada de pertences em sua casa, dizendo estar na Capital

Cinira de Brito, de 44 anos, assassinada a facadas na tarde desta quinta-feira (31), em Ribas do Rio Pardo, a 98 quilômetros de Campo Grande, foi atraída até a casa do ex-companheiro, Anderson Aparecido de Olanda, de 41 anos, após ele enviar uma mensagem afirmando que não estaria no local, mas a aguardava escondido para matá-la.
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Professora Cinira de Brito, 44 anos, foi vítima de feminicídio em Ribas do Rio Pardo (MS). O ex-companheiro, Anderson Aparecido de Olanda, 41 anos, a atraiu para sua residência com uma mensagem falsa, alegando estar fora da cidade. Cinira, que havia terminado o relacionamento há três dias após descobrir uma traição, foi ao local buscar seus pertences, acompanhada de uma amiga. Anderson, escondido na casa, atacou Cinira com golpes de faca. A amiga tentou intervir, mas foi ameaçada. O agressor também se feriu e morreu a caminho do hospital em Campo Grande. Este é o 20º caso de feminicídio registrado em Mato Grosso do Sul em 2025.
Conforme as investigações da Polícia Civil, Anderson atraiu Cinira com uma mensagem falsa via WhatsApp, dizendo que estava em Campo Grande e que ela poderia ir até a casa buscar seus pertences. Cinira, que havia encerrado o relacionamento com Anderson após descobrir uma traição e estava em um novo relacionamento havia poucos dias, acreditou estar segura e foi até o local acompanhada de uma amiga.
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“As duas foram juntas até a casa e, quando chegaram, ele a surpreendeu por trás e passou a desferir os golpes de faca. A amiga ainda tentou ajudar, mas ele também foi para cima dela. Ela conseguiu fugir e pedir socorro”, relatou o delegado Felipe Braga, responsável pelo caso.
O crime ocorreu na residência localizada na Rua Benvindo Fogaça, no Bairro Centro Velho. Segundo a polícia, Anderson estava escondido nos fundos da casa. Cinira foi atingida por aproximadamente sete facadas e morreu no quintal antes da chegada do socorro.
“O relacionamento deles não aparentava ser conturbado, sem registros anteriores de brigas, mas isso ainda está sendo apurado. Vamos ouvir testemunhas, vizinhos, e verificar o conteúdo do celular da vítima”, afirmou o delegado.
Ainda de acordo com Braga, após o crime, Anderson tentou se matar: “Ele se feriu e ingeriu veneno. Como foi ficando mais fraco, sentou em um banco aguardando ajuda. Foi levado ao hospital sob escolta, mas morreu na Santa Casa de Campo Grande”.
A Polícia Civil também apreendeu o celular de Cinira e recolheu imagens de câmeras de segurança da vizinhança. Uma carta supostamente deixada por Anderson foi entregue à polícia por um vizinho e será periciada. “Estamos checando a veracidade da carta”, acrescentou o delegado.
Cinira era natural de Presidente Venceslau (SP) e vivia há cerca de dois anos em Mato Grosso do Sul. De acordo com a polícia, ela e Anderson viveram juntos por sete anos e haviam se mudado para Ribas do Rio Pardo vindos de Bataguassu. Ela trabalhava como professora em escolas do município.
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