ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MAIO, SEXTA  10    CAMPO GRANDE 24º

Interior

Chefe do PCC preso em março na fronteira, 'Bebezão' é condenado a 33 anos

Weslley está preso Penitenciária Federal de Porto Velho; ele comandava o tráfico de drogas entre MS e Paraguai

Mirian Machado | 10/09/2021 17:18
“Bebezão” na viatura da Polícia Federal, em Pedro Juan Caballero. (Foto: Divulgação) 
“Bebezão” na viatura da Polícia Federal, em Pedro Juan Caballero. (Foto: Divulgação) 

Preso desde março, em Porto Velho, Rondônia, Weslley Neres dos Santos, o 'Bebezão', foi condenado a 33 anos de prisão. Chefe da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), ele coordenava o tráfico de drogas entre Mato Grosso do Sul e Pedro Juan Caballero, no Paraguai. Segundo o Ministério Público, ele assumiu o comando depois da prisão de Giovanni Barbosa da Silva, o 'Bonitão', em janeiro de 2021.

'Bebezão' passou a ser investigado em outubro de 2020, pela Polícia Federal, depois ser abordado dirigindo uma caminhonete relacionada a Giovanni, que estava foragido na época.

Além de dinheiro, a polícia encontrou com ele, o passaporte de uma das namoradas de Giovanni, e pareado no sistema multimídia do veículo estava "iPhone de Giovanni". Somado a isso, interceptações telefônicas mostraram diversas conversas entre os dois, dentre os assuntos, tráficos de drogas, rotina da facção, fotos e selfies.

Weslley foi preso em março, em Pedro Juan Caballero, nos fundos de um lava-rápido, no Bairro Perpétuo Socorro, em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande, junto com outras pessoas ligadas ao PCC, enquanto fazia reunião virtual com um membro da facção na Bolívia.

O grupo estava com 11 veículos, seis fuzis automáticos, farta munição e coletes à prova de bala. Segundo a agência antidrogas do Paraguai, a reunião servia justamente para definir os próximos ataques que ocorreriam.

“Estavam planejando atacar instituições bancárias muito importantes do Brasil e transportadoras de valores em nosso país”, afirmou Zully Rolón. Segundo a ministra, os presos fazem parte do nível médio-alto da facção.

Credencial de Weslley Neres dos Santos como estudante de medicina. (Foto: Divulgação)
Credencial de Weslley Neres dos Santos como estudante de medicina. (Foto: Divulgação)

Assim como Giovanni, “Bebezão” é de São Paulo, berço da facção criminosa que, atualmente, está presente em quase todos os estados brasileiros e países sul-americanos, principalmente, Paraguai e Bolívia. Weslley era procurado pela PF por tráfico internacional de drogas e de armas.

A ministra da Senad confirmou que Weslley estava matriculado no primeiro ano do curso de medicina da Universidad Central Del Paraguay, em Pedro Juan Caballero. Ele tinha credencial emitida pela faculdade e usava o documento para circular livremente pelo Paraguai.

Operação Exílio – Deflagrada em 25 de junho de 2020, com o intuito de identificar agentes vinculados ao PCC atuantes na região de fronteira, a A Operação Exílio, investigou Giovanni e, depois, relação de subordinação entre Weslley e Giovanni, além da “promoção” de Weslley ao posto de comando da facção. “Em outras palavras, Weslley teria sido elevado à liderança da organização criminosa em decorrência das diligências tomadas a cabo em razão da Operação Exílio – ou ‘empossado’ na função de chefia”, esclarece a sentença.

Nos siga no Google Notícias