Cidade retoma "toque de recolher" e cancela queima de fogos no Réveillon
A medida vai valer até o dia 18 de dezembro
O "toque de recolher" será retomado da meia-noite às 5h, em Bonito, depois que a cidade lotou com turistas nos feriados dos últimos meses, em pleno pico da pandemia do novo coronavírus. A medida vai valer até o dia 18 de dezembro. Durante o horário estipulado do isolamento fica proibido o consumo de bebida alcoólica e de narguilé, caixas térmicas, coolers, isopores e similares em vias públicas,
Em audiência de conciliação, realizada na tarde desta quinta-feira (19) entre o Ministério Público e a prefeitura, também ficou definido que a cidade não terá a tradicional queima de fogos na virada do ano, na Praça da Liberdade.
O Executivo municipal informou que vai renovar o decreto 251/2020, que tem validade até 30 de novembro e descartou a possibilidade de lockdown no município.
O Ministério Público será responsável por convocar as forças de segurança pública para a fiscalização das medidas anunciadas, bem como o uso obrigatório de máscaras e coibir aglomerações.
Também ficou acordado que os eventos já autorizados pela administração pública serão mantidos e os demais pedidos obedecerão o dispostos no decreto. Será realizada campanha de prevenção de combate a disseminação do coronavírus nas rádios e por meio de distribuição de máscaras e panfletos educativos.
A audiência foi mediada pela juíza Adriana Lampert e contou com a participação de promotor Alexandre Estuque, do MP/MS, Secretária de Saúde, Lívia Maria Miranda, Secretário de Turismo, Augusto Mariano e do Procurador Jurídico Edilson Junior Arruda dos Santos, representando o Município de Bonito. O prefeito eleito Josmail Rodrigues também compareceu a audiência acompanhado do advogado Rafael Rodrigues.
Bandeira vermelha - Depois de lotar nos feriados dos últimos meses, Bonito saiu da bandeira laranja (médio risco) para a bandeira vermelha, patamar de alto grau de risco de contaminação pelo novo coronavírus.
Cerca de 15 mil pessoas visitaram a cidades nos feriados ocorridos nos meses de outubro e setembro deste ano. Diante da situação o MP/MS entrou com um pedido de tutela provisória de urgência na justiça, cobrando da prefeitura "medidas de biossegurança claras, baseadas em estudos técnicos, visando impedir ou ao menos diminuir a proliferação da covid-19" na cidade.