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Interior

Com 25 pacientes no corredor, hospital público só atende casos graves

Em comunicado aos bombeiros e Samu, Hospital da Vida aponta impossibilidade de receber pacientes de “menor complexidade”

Helio de Freitas, de Dourados | 14/05/2020 11:18
Com 25 pacientes no corredor, hospital público só atende casos graves
Hospital da Vida avisou que só vai atender casos graves (Foto: João Pires/Estado Notícias)

O Hospital da Vida, referência do SUS (Sistema Único de Saúde) para atendimento de urgência e emergência a 800 mil moradores de 33 municípios da macrorregião de Dourados está superlotado.

Apesar de a lotação não estar diretamente ligada aos casos de covid-19, a situação preocupa, já que pacientes da ala verde (de menor complexidade) estão sendo atendidos em corredores com pouca ventilação e sem espaçamento adequado, fatores que podem contribuir para propagação do novo coronavírus.

A superlotação foi comunicada em ofício enviado ao Ministério Público de Mato Grosso do Sul, ao Samu (Serviço Móvel de Urgência), ao Corpo de Bombeiros e à Central de Regulação de Leitos de Dourados.

No documento ao qual Campo Grande News teve acesso nesta quinta-feira (14), os médicos Sandro Barreto, da área vermelha, e Fabiana Rodrigues Lima, da área verde, afirmam que o hospital está com superlotação nas enfermarias, sem maca ou colchões livres.

“Estamos com 25 pacientes verde/corredor, sem espaço para respeitar o distanciamento adequado entre eles, quartos superlotados, impossibilitando receber pacientes com menos complexidades, apenas casos graves para a área vermelha”, afirmam os médicos. “Sendo assim, sob orientação do diretor clínico, doutor Raul Espinosa, informo a impossibilidade de receber vagas no momento”, completam. O ofício termina informando que o hospital tem dez leitos de UTI disponíveis.

A reportagem não conseguiu falar com a direção da Funsaud (Fundação de Serviços de Saúde de Dourados), que administra o Hospital da Vida e a UPA (Unidade de Pronto Atendimento). Também não houve resposta por parte do comitê de gerenciamento do coronavírus à pergunta se há pessoas contaminadas com a doença internadas no hospital.

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