Com celular, morador grava flagrante de redemoinho de poeira
O fenômeno foi registrado por volta das 15h desta quarta-feira (15) às margens do Rio Paraguai
Por volta das 15h de ontem (15), Diego Nemier Faoro fez imagem de um redemoinho de poeira às margens do Rio Paraguai, na região central de Corumbá, distante 419 quilômetros de Campo Grande. Assista, abaixo, ao vídeo.
Diego contou que chegava para trabalhar, quando avistou o redemoinho às margens do Rio Paraguai, dentro da empresa Marina Gelson. “Estava pequeno, mas quando tirei o celular para filmar, o redemoinho aumentou e ficou daquela altura que aparece no vídeo. Nunca tinha visto uma imagem dessa”, disse. Ele acredita que o fenômeno seja resultado de uma queimada registrada no fim do mês passado, que deixou a cidade coberta por fuligem.
O fenômeno durou cerca de 2 a 3 minutos, de acordo com Diego. A imagem foi postada nas redes sociais da empresa Marina Gelson e gerou vários comentários. "A natureza dando o seu sinal", escreveu uma internauta. Seres "umanos" e as consequências dos seus atos", disse outra ao comentar a imagem. "Meu Deus, coisa de louco. O que é isso?".
Por incrível que pareça o fenômeno é comum no Brasil em dias muito quentes. Conforme a meteorologista Franciane Rodrigues, do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo, Clima e Recursos Hídricos de MS), os redemoinhos se formam em dias ensolarados e quentes em condição de céu azul com poucas nuvens.
“A parcela de ar que está ligeiramente acima desse ponto mais quente no solo, também fica mais quente. Criando assim uma área de baixa pressão. Essa parcela de ar começa a ter movimento circular de baixo para cima levantando poeira em forma giratória. Por isso, redemoinho de poeira aparecem dessa forma. Em geral a duração é de poucos minutos e não oferece risco a população”, explicou.