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Interior

Com estrutura comprometida, ponte sobre o Rio Paraguai pode ser interditada

Reparo foi orçado em R$ 4 milhões, decorrente de um problema ocorrido há seis anos

Lucas Junot | 12/04/2017 15:23
A ponte inaugurada em 2001 custou R$ 100 milhões (Foto: Roberto Higa/ALMS)
A ponte inaugurada em 2001 custou R$ 100 milhões (Foto: Roberto Higa/ALMS)

Inaugurada em 2001, a ponte Poeta Manoel de Barros sobre o Rio Paraguai, na BR-262, região de Porto Morrinho, está com a estrutura comprometida e poderá ser interditada por falta de manutenção. A situação foi exposta pelo deputado Beto Pereira (PSDB), durante a sessão desta quarta-feira (12), na Assembleia Legislativa.

De acordo com o parlamentar, a questão foi objeto de audiência pública em Corumbá – cidade distante 419 quilômetros de Campo Grande - onde foram apresentados relatórios constatando o risco. O documento revela que desde a inauguração foram registrados vários acidentes com barcaças que colidiram nos dolfins de proteção dos pilares, o que compromete a estrutura da ponte e coloca em risco a segurança rodoviária e hidroviária no local.

O último acidente ocorreu no dia 1 de abril deste ano. "O mais grave revelado no relatório é que o acidente proporcionou um sério risco à integridade da estrutura da ponte e poderia gerar grandes transtornos como a interdição e a interrupção do tráfego de veículos por longo período. Este tipo de acidente é recorrente. A ponte possui quatro dolfins protetores dos pilares, mas um destes protetores foi perdido em uma acidente em 2011", revelou Beto.

Ainda de acordo com o deputado, até a Marinha já se posicionou sobre o risco. "O comandante disse que há risco de sérios danos e a que ponte pode vir até a ruir", disse Pereira. A fiscalização da hidrovia por onde passam barcaças de grãos, minérios e gado, está a cargo da Marinha do Brasil.

O deputado Paulo Corrêa (PR) questionou a demora para a execução do reparo orçado em R$ 4 milhões, resultado de um acidente ocorrido há seis anos, em uma ponte que custou ao todo R$ 100 milhões.

Beto Pereira explicou ainda que a ponte na BR-262 está sob a responsabilidade de uma concessionária que explora o pedágio no local e que tem contrato com o Estado de Mato Grosso do Sul por um período de 13 anos, nove meses e 24 dias. "No edital de concorrência, a empresa tem como objeto de concessão a manutenção da pavimentação, da estrutura da ponte, dos acessos e áreas complementares, da sinalização rodoviária e hidroviária. É de exclusiva responsabilidade da concessionária a reparação dos danos causados à ponte. Vamos convocar o representante da concessionária para vir à Assembleia dar esclarecimentos", finalizou Beto Pereira.

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