Com festa de Natal barrada pela Justiça, comércio inicia horário especial
Sem a já tradicional festa de Natal promovida pela prefeitura – barrada por ordem judicial – o comércio de Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande, inicia hoje o horário especial de fim de ano. De hoje até o dia 10 de dezembro as lojas vão abrir até às 20h – duas horas a mais que o expediente normal.
No dia 8 de dezembro o comércio permanece fechado por causa do feriado da padroeira da cidade, Imaculada Conceição. De 11 a 22, as lojas de Dourados abrem das 8h às 22h.
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No dia 20 de dezembro, aniversário de 82 anos de emancipação de Dourados, as lojas vão funcionar das 10h às 20h. Do dia 23 em diante o horário de funcionamento será das 8h às 20h. Nos sábados e domingos de dezembro o comércio abre das 8h às 18h.
Sem festa – Pela primeira em seis anos não haverá a festa de Natal Dourados Brilha. Na semana passada, a pedido do Ministério Público, o juiz José Domingues Filho deu uma liminar suspendendo a festa. Nesta semana a prefeitura informou que iria recorrer, mas sabe que não haverá tempo hábil para reverter a liminar.
“A administração municipal respeita a decisão judicial, porém, lamenta o fato de não poder brindar a população com essa tradicional festa para a família douradense”, informou a prefeitura, em nota. Os comerciantes também protestaram, afirmando que a falta da festa vai prejudicar as vendas.
Criada pela prefeitura em 2011, a programação marca o aniversário da cidade, em 20 de dezembro, e o Natal. As principais atrações são as apresentações culturais e artísticas no palco montado na Praça Antônio João, a árvore de Natal e a pista de patinação no gelo, instaladas no calçadão da catedral.
Neste ano, por causa da crise financeira que atinge o município, a prefeitura faria a festa mais curta, com o patrocínio de R$ 100 mil dado pela Sanesul. Entretanto, o MP pediu a suspensão da festa. Segundo o órgão, governo do Estado e prefeitura têm utilizado o argumento de grave crise financeira para justificar a ausência de investimento nos serviços essenciais para a população, como saúde e educação, evidenciando atraso no pagamento de salário de servidores e a decretação de situação emergencial na saúde.
Através de uma ação civil pública, o MP afirma que pretende impedir a aplicação “de vultuosa quantia em dinheiro para a realização de evento festivo, enquanto a população douradense padece de serviços dignos de saúde, educação, segurança, habitação, saneamento básico universal, de caráter obrigatório e absolutamente essenciais”.