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Corpos de meninas mortas por paraguaios são exumados

Exumação determinada pela Justiça ocorreu nesta manhã em Yby Yaú, no Paraguai

Helio de Freitas, de Dourados | 05/09/2020 09:50
Funcionário de cemitério de cidade paraguaia durante enterro de meninas abatidas por militares (Foto: ABC Color)
Funcionário de cemitério de cidade paraguaia durante enterro de meninas abatidas por militares (Foto: ABC Color)

Foram exumados na manhã deste sábado (5) os corpos das meninas Lilian Mariana Villalba, e María Carmen Villalba, ambas com 11 anos de idade, mortas há três dias em confronto entre militares paraguaios e guerrilheiros do grupo terrorista EPP (Exército do Povo Paraguaio).

Os corpos foram enterrados no mesmo dia das mortes, no cemitério municipal de Yby Yaú, cidade no Departamento (equivalente a Estado) de Concepción, a 100 km da fronteira com Mato Grosso do Sul.

De acordo com jornais paraguaios, a exumação foi determinada pela Justiça e os restos mortais das crianças levados para o necrotério do Ministério Público daquele país.

Lilian e María seriam filhas de líderes do grupo terrorista com forte presença na área rural dos departamentos de San Pedro, Concepción e Amambay (vizinho de Mato Grosso do Sul).

Vindas da Argentina, onde moravam com os avós, elas visitavam os familiares no acampamento quando os guerrilheiros foram cercados pelos militares da FTC (Força-Tarefa Conjunta), grupo de elite formado por homens das forças armadas e policiais paraguaios.

Ontem, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, órgão da OEA (Organização dos Estados Americanos), cobrou do Estado paraguaio investigação sobre as circunstâncias das mortes.

Parentes de líderes do EPP afirmam que as meninas foram executadas pelos militares e depois vestidas com roupas camufladas, para justificar o ataque mortal contra duas crianças. O presidente paraguaio Mario Abdo Benítez, que na quarta-feira esteve no local do confronto e posou para fotos com os militares, disse que os guerrilheiros usaram as meninas de forma covarde.

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