ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEGUNDA  29    CAMPO GRANDE 28º

Interior

Depois de 16 meses, Defensoria retoma atendimento presencial em aldeias de MS

Van dos Direitos atendeu moradores da Bororó hoje e amanhã serviço será levado para a Jaguapiru

Helio de Freitas, de Dourados | 13/07/2021 17:10
Mateus Ortiz é atendido durante serviço da Defensoria na Aldeia Bororó (Foto: Divulgação)
Mateus Ortiz é atendido durante serviço da Defensoria na Aldeia Bororó (Foto: Divulgação)

Suspenso desde março de 2020 por causa da pandemia da covid-19, o atendimento presencial da Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul nas aldeias indígenas foi retomado nesta terça-feira (13).

A Aldeia Bororó, em Dourados (a 233 km de Campo Grande), foi escolhida para o início nas comunidades indígenas do atendimento móvel através da “Van dos Direitos”, programa desenvolvido pelo Nupiir (Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos Povos Indígenas e da Igualdade Racial e Étnica).

“Pelo atendimento contínuo que a instituição já presta nas comunidades indígenas, a expectativa é de que as demandas sejam em sua maioria em torno da emissão de documentos pessoais. No entanto, com a Van dos Direitos, a Defensoria presta todos os atendimentos jurídicos e ainda promove a educação em direitos para essa parcela da população”, disse a coordenadora do núcleo, a defensora pública de segunda instância Neyla Ferreira Mendes.

Inédito na história da Defensoria Pública de MS, o atendimento móvel começou no dia 7 deste mês com pessoas em situação de rua em Campo Grande.

Hoje o serviço atendeu no Cras (Centro de Referência de Assistência Social) da Aldeia Bororó e amanhã será levado para a Casa de Reza do Getúlio, na Aldeia Jaguapiru.

RG e vacina - Morador da Aldeia Bororó, Mateus Ortiz aproveitou o serviço da Defensoria para tirar o documento de identidade e tomar a segunda dose da vacina contra a covid-19. Sem meios de locomoção e morando em área de difícil acesso, Mateus disse que estava impossibilitado de resolver suas pendências.

Conforme a assessoria da Defensoria Pública, a pedido do órgão o município de Dourados disponibilizou equipes para fazer busca ativa das pessoas que ainda não tomaram a vacina e fazer a imunização no local de atendimento. O serviço foi feito durante 15 dias, de casa em casa nas aldeias. Por causa dessa busca, 959 doses foram aplicadas na semana passada.

A primeira subdefensora pública-geral Maria Rita Barbato disse o atendimento móvel para as comunidades indígenas no Estado será contínuo. “Inédito na história da Defensoria, o atendimento móvel já levou o acesso à Justiça para pessoas em situação de rua da Capital e agora para comunidades indígenas da região de Dourados”.

Segundo ela, comunidades quilombolas e outras regiões periféricas também devem receber essa modalidade de atendimento.

“A Defensoria Pública de MS busca sempre estar próxima às comunidades indígenas, mas devido à pandemia, defensores e defensoras públicas não conseguiram frequentar esses territórios desde o ano passado. Como o Estado avançou rápido na imunização coletiva, hoje o atendimento móvel marca o retorno desse serviço”, disse Neyla Ferreira Mendes.

Nos siga no Google Notícias