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Interior

Descoberto plano para resgatar traficante que usava MS como rota

Helio de Freitas, de Dourados | 07/02/2018 09:38
Marcelo Piloto foi preso no dia 13 de dezembro no Paraguai e aguarda extradição (Foto: ABC Color)
Marcelo Piloto foi preso no dia 13 de dezembro no Paraguai e aguarda extradição (Foto: ABC Color)

A prisão de dois homens no Rio de Janeiro levou a polícia a descobrir um plano para resgatar o narcotraficante brasileiro Marcelo Fernando Pinheiro Veiga, o Marcelo Piloto, preso no Paraguai desde dezembro do ano passado. Um dos principais chefes do Comando Vermelho, Piloto mandava drogas e armas para as favelas cariocas usando como rota as estradas de Mato Grosso do Sul.

Os dois homens foram presos por policiais civis e rodoviários federais após o plano de fuga chegar ao conhecimento da Secretaria de Segurança do Rio por meio do disque-denúncia. Eles foram detidos no município de Seropédica, região metropolitana do Rio, quando viajavam de ônibus para Foz do Iguaçu.

De acordo com a polícia carioca, os dois tinham anotações criminais e estavam em liberdade condicional. Como não possuíam autorização da Vara de Execuções Penais para deixar o estado do Rio, eles foram presos. O plano de resgate será investigado pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e de Inquéritos Especiais.

Marcelo Piloto está preso em Assunção, na sede da Agrupación Especializada, um grupo de elite da Polícia Nacional do Paraguai. No local existem outros brasileiros presos, principalmente ligados ao PCC (Primeiro Comando da Capital).

O narcotraficante sul-mato-grossense Jarvis Gimenes Pavão passou um ano e meio nessa cadeia, até ser extraditado para o Brasil, em dezembro passado.

No dia 16 de janeiro, Piloto foi levado para uma audiência de identificação com a juíza Lici Sanchez, a mesma que determinou a extradição de Jarvis Pavão. Ainda não há data definida para ele ser entregue às autoridades brasileiras.

A prisão - Marcelo Piloto foi preso no dia 13 de dezembro do ano passado em Encarnación, cidade perto da fronteira com a Argentina e nas margens do Rio Paraná. A prisão envolveu policiais brasileiros, a Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) do Paraguai e a DEA, agência antidrogas dos Estados Unidos.

Condenado a 26 anos de prisão, dos quais 15 ainda a serem cumpridos, Marcelo Piloto estava há cinco anos escondido no Paraguai, de onde continuava comandando o envio de armas e drogas para o Rio de Janeiro.

O carregamento recorde de armas e drogas interceptado no dia 16 de maio do ano passado em Teodoro Sampaio (SP), perto da divisa com Mato Grosso do Sul, pertencia a Marcelo Piloto. Após ser preso em dezembro, ele contou informalmente aos policiais que a cada dois meses enviava carregamento de maconha e armas para as favelas cariocas.

Segundo o próprio traficante, a carga era enviada em fundos falsos de caminhões que passavam por Mato Grosso do Sul e São Paulo. Quando o carregamento chegava ao destino, Piloto lucrava R$ 500 mil com cada carga.

Arsenal - O caminhão interceptado em maio tinha saído de Amambai (MS) com 4,6 toneladas de maconha, 31 pistolas, três fuzis 7.62, quatro fuzis 5.56 e duas metralhadoras calibre 50 equipadas com lunetas.

Também foram encontrados um revólver de calibre 38, 17.435 cartuchos de diversos calibres, entre 50, 5.56, 7.62 e 9 milímetros, calibre 40, 25 seletores de rajadas, três carregadores do tipo caracol, sendo um de calibre 9 milímetros, um de duplo calibre 5.56 com capacidade para 100 cartuchos e outro simples de calibre 5.56 com capacidade para 45 cartuchos, 20 carregadores calibre 50, 7.62, e 5.56 e 22 frascos de lança-perfume.

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