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Dois anos depois, 14 vão a julgamento por assassinar idoso dentro de cela

Idoso que havia sido preso por estuprar a neta, morreu espancado por 12 presos. Outros dois são suspeitos de incitarem crime

Mirian Machado e Helio de Freitas | 28/01/2021 14:28
Dois anos depois, 14 vão a julgamento por assassinar idoso dentro de cela
Crime ocorreu dentro da cela 1 da 1ª Delegacia de Polícia Civil de Dourados (Foto: Dourados News)

Vão a julgamento nesta quinta-feira (28) em Dourados, cidade há 233 km de Campo Grande, 14 suspeitos de matarem o indígena Milandro Fernandes de 73 anos espancado dentro da cela da delegacia da cidade. O crime ocorreu em 2018. O idoso estava preso suspeito de estuprar a neta.

Estão sendo julgados hoje: Airton Caceres de 41 anos, Claudio de Souza 47 anos, Cristoffer Roger da Silva de 30 anos, Daniel Camargo Ferreira 26 anos, Danilo Roberto Martins dos Santos 27 anos, Deize Therodoro 39 anos, Diego Ferreira da Silva 27 anos, Edilson de Oliveira Lopes 41 anos, Gilmar Souza do Nascimento 25 anos, João Pedro Soares Machado 21 anos, João Victor Dourado Leandro 25 anos, Nilson Gomes de Lira 49 anos, Vanilton Duarte de Oliveira 42 anos e Victor Matheus Marques Holanda de 20 anos.

O crime ocorreu no dia 22 de outubro de 2018 dentro de uma das celas da 1ª Delegacia de Polícia Civil de Dourados. Ambos agrediram o idoso com socos, pontapés, chutes e com objetos, causando várias lesões que resultaram em sua morte.

Conforme a denúncia dos réus, assim que a vítima entrou na cela foi indagado por Vanilton e Edilson sobre qual crime teria cometido e após insistência revelou que era suspeito de abusar de sua neta. Em certo momento, Deise e Diego que seriam membros da facção criminosa do PCC (Primeiro Comando da Capital) e que estavam em celas ao lado e incitaram os detentos a assassinarem o indígena com dizeres: “Pega ele. Esse cara tem que morrer”.

João Victor teria iniciado as agressões, em seguida Vanilton e Danilo também passaram a agredir a vítima. Na sequencia João Victor, Danilo e Cristoffer conversaram com Deise e Diego para planejarem a consumação do crime. Ambos detentos da cela 1 estenderam algumas roupas no varal para impedir a captura de imagens da câmera de monitoramento da delegacia e continuaram as agressões.

Após notarem o óbito, os internos colocaram a vítima na cama. O crime foi percebido por agentes pouco tempo depois no momento de conferencia de presos. O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado e constatou a morte.

Deize e Diego são suspeitos de gritarem instigando e incentivando a morte do homem.

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